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Idoso mata esposa e morre asfixiado após atear fogo em casa, diz polícia

José Bandeira da Silva, suspeito de matar a mulher a facadas e colocar fogo em apartamento do casal no DF - Reprodução/Facebook
José Bandeira da Silva, suspeito de matar a mulher a facadas e colocar fogo em apartamento do casal no DF Imagem: Reprodução/Facebook

Jéssica Nascimento

Colaboração para o UOL, em Brasília

30/01/2019 21h25

Uma servidora da Secretaria de Educação do Distrito Federal morreu após ser vítima de cinco golpes de faca nesta quarta-feira (30).

O principal suspeito é o marido, de 80 anos, que ateou fogo no apartamento do casal, na Asa Norte de Brasília, depois do crime. O corpo de Veigma Martins, 56, foi encontrado carbonizado. José Bandeira da Silva foi atendido pelo Corpo de Bombeiros fora do local, mas morreu depois de uma parada cardiorrespiratória.

Inicialmente, os policiais acreditavam que o casal havia morrido em um incêndio acidental. Mas ao entrar no apartamento, perceberam que havia sangue nos cômodos e que o corpo de Veigma também tinha  perfurações.

Após ouvir familiares, a corporação constatou que a mulher já havia registrado boletim de ocorrência contra José por violência doméstica em março de 2018. No documento, ela relatou que apanhava do marido e que sempre recebia ameaças de morte. Os dois estavam juntos havia 10 anos e passavam por um processo de separação.

"Os familiares disseram que José era muito violento e não aceitava o fim do relacionamento. Sempre batia na mulher, dizia que iria matá-la e depois acabaria com a própria vida. Ainda não sabemos se ele tentou escapar do incêndio e morreu por inalar muita fumaça, ou se realmente se suicidou. Estamos investigando todos os detalhes", disse o delegado responsável pelo caso, Laércio Rosetto.

No Instituto Médico Legal (IML) foram constatadas graves lesões no tórax da vítima. "As facadas atingiram a parte interna do corpo e a aorta pulmonar. Isso já a levaria à morte", afirmou o policial.

"Nenhum filho dela falava com ele. A gente sempre alertava, sabe? Há pelo menos quatro anos ele batia na minha mãe. Tinha ciúme de tudo, era possessivo. Não deixava ela ficar até com os netos. Por causa da idade, minha mãe tinha pena dele. Até retirou a queixa da delegacia. Muita tristeza", disse a filha da vítima, Raquel Martins. 

O delegado afirmou que peritos irão até o apartamento do casal nesta quinta-feira (31), com o objetivo de descobrir qual foi a dinâmica do crime.