Topo

Janeiro tem calor recorde no Rio, São Paulo e mais capitais, diz instituto

Getty Images
Imagem: Getty Images

Colaboração para o UOL, em São Paulo

01/02/2019 15h28Atualizada em 01/02/2019 22h00

O Rio de Janeiro registrou o mês de janeiro mais quente dos últimos 97 anos. Segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a capital carioca registrou uma média de temperatura máxima de 37,6ºC nos primeiros 31 dias do ano. É a maior marca desde que o órgão passou a fazer a medição.

Nas estações de Vila Militar e em Santa Cruz, considerados dois dos bairros mais quentes da cidade, a temperatura máxima superou a média e registrou 38,8°C no dia 30 de janeiro, mas a sensação de calor ultrapassou os 46°C. No último dia do mês, a temperatura máxima, na Vila Militar, foi de 37,7°C, mas em Santa Cruz a sensação térmica bateu os 40,6°C, de acordo com o Sistema Alerta Rio. 

Mas a cidade não foi a única capital a registrar marcas históricas. Em São Paulo, o mês teve temperatura média de 31,8ºC, sendo o segundo maior patamar dos últimos 76 anos. A maior marca é de janeiro de 2014, com 31,9ºC.

Em Florianópolis, registrou-se o mês mais quente da história com base nos bancos de dados disponíveis pelo Inmet. O instituto têm em seus bancos dados diários desde 1961, mas não disponibiliza as informações referentes ao período entre 1983 e 1991, e também em 2000 e 2001. A média de temperatura de janeiro na ilha catarinense é de 28,9°C, mas neste ano, chegou a 31,9°C . 

Outra cidade com marca histórica foi Vitória. Com poucas chuvas e altas temperaturas, a capital capixaba teve o mês de janeiro mais quente desde 1993, quando o Inmet passou a disponibilizar os dados, com média de máximas de 33,7°C. Esse número supera o recorde de janeiro de 2010, de 33,6°C. Em Curitiba também fez um calor atípico. No dia 30 de janeiro, os termômetros marcaram 34,9°C, segunda maior temperatura da capital paranaense desde 1961. 

Qual é a explicação?

Segundo o meteorologista do Inmet, Mamédio Luiz Melo, os recordes de temperaturas podem ser explicados pela alta pressão atmosférica, que inibe as chuvas. "Não está chovendo, então a frente fria não consegue passar, a não ser pelo litoral, e a massa de ar seco começa a se intensificar. Todo esse fenômeno ocasiona o veranico, que é o nome dado do período sem chuva dentro da estação chuvosa, e que gera o calor", explicou.