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Justiça determina apreensão de bens de "Xerifa da Rocinha"

Danubia Rangel, durante entrevista a Roberto Cabrini, do SBT  - Divulgação/SBT - 7.dez.2017
Danubia Rangel, durante entrevista a Roberto Cabrini, do SBT Imagem: Divulgação/SBT - 7.dez.2017

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio

26/03/2019 12h35

A Justiça do Rio determinou a apreensão de bens, joias e dinheiro de Danúbia Rangel Souza, mulher do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha.

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) indicou os endereços nos quais os mandados de busca e apreensão deveriam ser cumpridos. No entanto, segundo a defesa da "Xerifa da Rocinha", como Danúbia ficou conhecida, nada foi encontrado.

"A decisão foi cumprida, mas nada foi encontrado, pois Danúbia não tem nada", afirmou o advogado de defesa Marcos Freitas.

Os mandados foram emitidos pela 5ª Vara Criminal no dia 18 de fevereiro. Procurado sobre o resultado das apreensões, o MP não se pronunciou.

Danúbia e a irmã, Telma de Souza Rangel, são acusadas de usar um salão de beleza para lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas.

Segundo as investigações, foi identificado que a esposa de Nem e a irmã chegaram a movimentar montante setecentas vezes maior do que a receita líquida obtida entre os anos de 2011 e 2016.

Ainda segundo a denúncia, as investigações demonstram que o salão de beleza não tinha empregados registrados e apesar de ser titular de conta corrente bancária, não havia pagamentos de títulos e boletos bancários.

De acordo ainda com a denúncia, com os recursos ilícitos, a mulher de Nem ostentava uma vida luxo com voos de helicópteros, tratamentos estéticos, compra de joias e roupas caras.

A nova denúncia do MP foi aceita pela Justiça no dia 31 de janeiro. Danúbia alega inocência. "Não existe isso de associação para o tráfico, inclusive já foi libertada por isso em outras acusações", diz sua defesa.

Prisão ocorreu após Danúbia deixar a Rocinha

Danúbia foi presa em outubro de 2017. Desde então, a defesa tenta que ela tenha autorização para deixar o presídio para visitar a família, estudar e trabalhar. No entanto, a nova acusação impede a saída dela da unidade prisional.

Desde 2011, Danúbia já foi presa quatro vezes. Em três delas, ela conseguiu autorização para deixar o presídio.

Em março de 2016, Danúbia acabou sendo condenada a 28 anos de prisão por tráfico de drogas e associação com o tráfico e corrupção uma semana após ser solta pela Justiça. Ela passou, então, a ser foragida e foi presa novamente em 2017.

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