Acusados de matar família em jogo de RPG são condenados a mais de 60 anos
Stella Borges
Do UOL, em São Paulo
28/06/2019 16h36
A Justiça do Espírito Santo condenou ontem a mais de 60 anos de prisão em regime fechado os dois acusados de matar uma família durante uma partida de RPG, jogo em que os participantes assumem papéis de personagens e criam narrativas, em 2005.
Mayderson de Vargas Mendes e Ronald Ribeiro Rodrigues foram condenados a 63 anos e oito meses de reclusão e 60 dias-multa pelos crimes de triplo homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e impossibilidade de defesa das vítimas) e furto.
Os dois chegaram a ser presos na época do crime, mas foram soltos três anos depois e aguardavam o julgamento em liberdade. Mayderson não compareceu ao tribunal do júri e já é considerado foragido.
O UOL não conseguiu localizar os advogados dos acusados.
O caso
O crime, que teve grande repercussão à época, aconteceu na Praia do Morro, em Guarapari, em abril de 2005.
As vítimas eram Douglas Augusto Guedes, sua esposa Heloisa Helena Andrade Guedes e o filho dos dois, Tiago Andrade Guedes, que, segundo a denúncia do MP-ES (Ministério Público do Espírito Santo), considerava Mayderson seu melhor amigo.
De acordo com o MP, naquele dia, por causa do jogo, a dupla amarrou as vítimas e obrigou-as a tomar um sonífero. Em seguida, a família foi morta com tiros no ouvido provocados por uma pistola calibre 32, comprada dois meses antes.
Mayderson e Ronald ainda furtaram vários objetos da casa e fizeram saques usando o cartão bancário de Tiago.