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Suspeitos de matar Vitória Gabrielly vão a júri popular

A adolescente Vitória Gabrielly foi morta no ano passado - Divulgação/Arquivo Pessoal
A adolescente Vitória Gabrielly foi morta no ano passado Imagem: Divulgação/Arquivo Pessoal

Ana Paula Niederauer

Em São Paulo

28/06/2019 09h54

Três suspeitos de participação no assassinato da menina Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, em Araçariguama (SP), vão a júri popular.

O juiz Roberto de Carvalho, da Vara Criminal, da Infância e Juventude de São Roque (SP), proferiu na última quarta-feira a sentença na qual pronunciou o pedreiro Júlio César Lima Ergesse, de 24 anos, Bruno Marcel de Oliveira, o "Mancha", de 33, e Mayara Borges de Abrantes, de 24, pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver da menina.

Na sentença, o juiz afirmou que o julgamento pelo tribunal popular se trata de "uma das raríssimas situações do direito processual penal que não é permeado pelo princípio do in dubio pro reo" (na dúvida, a favor do réu).

"Aqui", continuou, "a dúvida milita em favor da sociedade que, através do julgamento pelo Tribunal do Júri, decidirá sobre essa certeza".

Ainda segundo o juiz, o caso ganhou notoriedade pelo fato de se tratar de uma adolescente que, ao ser confundida com a irmã de um rapaz com dívidas de drogas, foi sequestrada pelos três acusados que a agrediram por horas. Após perceberem que o caso havia tomado grandes proporções, eles a assassinaram.

No dia 22 de maio deste ano, a Polícia Civil prendeu o quarto suspeito de envolvimento na morte da estudante Vitória. Odilan Alves, de 35 anos, é apontado como comandante do tráfico na região e teria mandado sequestrar a irmã de um usuário de drogas que devia R$ 7 mil ao traficante.

O caso

O assassinato de Vitória mobilizou e comoveu a população de Araçariguama. Imagens de uma câmera mostraram a estudante andando de patins perto do ginásio de esportes da cidade antes de desaparecer, no dia 8 de junho de 2018.

A polícia e os moradores se mobilizaram em buscas pela garota. O corpo foi encontrado oito dias depois, em um matagal, à margem de uma estrada rural.

De acordo com o laudo do Instituto de Criminalística, o corpo da menina apresentava lesões internas na musculatura cervical e cianose nas extremidades, indicando que a vítima morreu de asfixia mecânica causada por estrangulamento.

Marcas nos braços e pernas também indicaram que ela tentou se defender do agressor e teria sido amarrada pelos braços e tornozelos.

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