Topo

Ex-PM pula do 4º andar de prédio e foge da polícia em ação contra milícia

A operação da Polícia Civil conta com apoio da Corregedoria da PM - Reginaldo Pimenta/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
A operação da Polícia Civil conta com apoio da Corregedoria da PM Imagem: Reginaldo Pimenta/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio

04/07/2019 11h10Atualizada em 04/07/2019 12h59

Um ex-policial militar conseguiu escapar da polícia pulando do quarto andar de um prédio no centro da cidade. Ele é um dos 77 alvos da operação Salvator, que visa a desarticulação de uma quadrilha de milicianos que atua em Itaboraí, na região metropolitana do Rio.

Mesmo após a queda, o ex-PM conseguiu escapar. A mulher que estava com ele no apartamento no momento da chegada da polícia foi levada para a delegacia para prestar esclarecimentos. No imóvel do casal, foram encontradas armas e munições.

A operação de hoje deflagrada pela Polícia Civil e pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) já prendeu 42 acusados de integrar a quadrilha que foi criada na região através de Orlando Curicica, que cumpre pena atualmente no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

O grupo é acusado de extorquir moradores e empresas através da cobrança de taxas de venda de gás, transporte e outros serviços. A polícia investiga se milicianos fizeram cobranças até ao Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) através de taxação dos serviços de transporte de funcionários. A arrecadação da organização é estimada em R$ 500 mil por mês somente em Itaboraí.

Grupo tem relação com Orlando Curicica

De acordo com as investigações do MP, o grupo miliciano foi constituído e implementado, inicialmente, como espécie de "franquia do grupo criminoso de Curicica", com atuação na capital fluminense e liderada por Orlando Curicica --já preso e citado no caso da morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), em 14 de março do ano passado. O miliciano foi apontado como um dos suspeitos pela morte da parlamentar e do motorista Anderson Gomes.

Orlando Curicica fornecia armamento e "soldados" para a milícia local que era comandada por "Renatinho Problema", que retribuía os serviços com repasse de percentual dos valores arrecadados em Itaboraí com as práticas criminosas.

Ele foi preso em outubro de 2017 por promover confrontos contra grupos rivais que disputavam pontos de caça-níqueis em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, além de estar envolvido em várias mortes na região por disputa de território. Na ocasião, ele tinha quatro mandados de prisão pendentes.

Milícia carioca passa a explorar aplicativo de transporte

bandrio