Ambulante procura mulher que pagou doces de R$ 2 com nota de R$ 100 no Rio
Quando recebeu o pagamento por dois sacos de balas de coco e de café na última quarta-feira (10), o vendedor ambulante Phellipe Guimarães não percebeu que uma nota azul dobrada e similar a uma de R$ 2, era, na realidade, uma nota de R$ 100.
Desde então, ele tenta procurar a mulher lhe deu o dinheiro e estava em um ônibus da linha 383, que faz o trajeto entre Realengo e Praça da Bandeira, na zona norte do Rio, para devolver o "troco" de R$ 98.
"Eu trabalho na rua e essa senhora pediu dois doces, puxou os doces do meu saco de balas e me pagou com a nota. Estava dobrada e achei que eram R$ 2, o preço total dos pacotes. Só depois eu vi que era uma nota de R$ 100", contou ele ao UOL na manhã de hoje.
Guimarães, então, tirou foto do dinheiro e postou a imagem e a história nas redes sociais. No começo da manhã de hoje, a postagem já tinha mais de 5 mil compartilhamentos.
Segundo ele, a senhora era ruiva, magra e tinha uma tatuagem de borboleta na mão direita. "Apareceu uma senhora com a mesma descrição, mas ela não tinha a tatuagem. Notei porque foi com essa mão que ela me pagou", disse o vendedor de balas.
Quero devolver porque o dinheiro não é meu. Só R$ 2 são meus. Meus pais me ensinaram a não pegar nada de ninguém e eu sou assim, desse jeito. Se acontecesse mil vezes, eu faria isso de novo. Eu devolveria
Phellipe Guimarães, vendedor ambulante que recebeu por engano uma nota de R$ 100
O ambulante está lidando com uma fama repentina nas redes sociais e disse estar surpreso. "Foi uma repercussão gigantesca. Não imaginava que isso fosse acontecer. Tem mais de 150 mensagens na minha caixa postal", declarou.
Casado e pai de dois filhos, Guimarães trabalhava num estaleiro e foi demitido no ano passado. Depois disso, começou a trabalhar como chapeiro e faz bicos vendendo doces na zona norte para complementar a renda.
Dois dias antes de receber a nota de R$ 100 por engano, ele foi assaltado nas proximidades da casa onde mora com a família, em Vila Valqueire, também na zona norte do Rio. Segundo ele, os criminosos levaram o celular e o dinheiro que Guimarães usaria para pagar a escola dos filhos. Ele ainda tenta saldar essa dívida.
"Eu trabalho como chapeiro e complemento a renda com doces, se aparecer alguma outra oportunidade de emprego eu vou agradecer a Deus", finalizou.
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