Meu B.O. é bíblia e oração, diz Marcelo Rossi após ser empurrado em missa
O padre Marcelo Rossi disse hoje que "está ótimo" após ter sido empurrado por uma mulher enquanto celebrava uma missa ontem no interior de São Paulo. Ele também explicou por que não registrou ocorrência contra a agressora: "ontem, eu fiz B.O. [boletim de ocorrência]. Padre que, B.O.? 'Bíblia e oração'". "Esse é o melhor boletim de ocorrência", brincou Rossi. O padre também disse que sua delegacia é "a capela".
Para o sacerdote, o que aconteceu em Cachoeira Paulista (SP) --cidade a cerca de 200 quilômetros da capital paulista-- "foi um milagre".
"Não bati a cabeça. Todos sabem que tenho um problema na coluna. Não tocou a coluna. Machucou muito a perna, mas tudo consertado", disse em vídeo publicado em sua página no YouTube nesta manhã.
Se vocês vissem onde eu caí, e como eu caí, milagre
Padre Marcelo Rossi
"Eu tive a experiência do milagre da mãe". Para o padre, Nossa Senhora o protegeu contra o "inimigo". "Tudo que aconteceu, se o inimigo está furioso, vai ficar mais ainda", falou o religioso. "A mãezinha me segurou".
Rossi disse que "14 de julho de 2019 jamais será esquecido" e prometeu participar novamente do evento PHN (Por Hoje Não Vou mais Pecar), promovido pela comunidade católica Canção Nova, no ano que vem. "Tive uma força para me reerguer, continuar. E vou continuar. Aqui estou, para glória de Jesus".
Agressora queria conversar
Ontem, a mulher que empurrou o sacerdote em uma missa em Cachoeira Paulista (SP) disse, na saída da delegacia onde prestou depoimento, que o ocorrido foi algo entre ela e o padre. "Entre eu e ele, entre eu e ele." O delegado responsável pelo registro da ocorrência, Daniel Castro, disse que, no depoimento, ela afirmou que a intenção era se aproximar para conversar com o padre e não de agredi-lo. A mulher, que teve o nome preservado, disse sofrer de transtorno bipolar e fazer tratamento psiquiátrico.
De acordo com Castro, ela deu "declarações desencontradas". "Ela falou que queria entrar para conversar com ele e que se assustou na hora que viu os seguranças correndo atrás dela. É a versão dela, mas quem vê as imagens vê que não tem nada disso [seguranças correndo atrás dela]. Ela entrou correndo, se assustou e empurrou ele num momento em que meio que surtou, perdeu o controle, mas que não tinha intenção nenhuma, que queria só conversar com ele."
Segundo a Polícia Civil, se o padre Marcelo Rossi não apresentar queixa contra a mulher em até seis meses, o caso será arquivado. Inicialmente, o religioso optou por não fazer um boletim de ocorrência contra ela. A mulher vai permanecer em liberdade. O caso vai para a polícia em Cachoeira Paulista.
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