Jornal: Advogado ligado a Flávio Bolsonaro multiplica por 9 capital de loja
O capital de uma loja de chocolates dos advogados Victor Granado Alves e Mariana Frassetto Granado multiplicou por nove em apenas dois anos.
Segundo dados obtidos jornal O Globo com a Junta Comercial do Rio de Janeiro, o capital social da franquia da Kopenhagen do casal saltou de R$ 50 mil para R$ 480,6 mil no período. Os aportes realizados por sócios é que justificam o aumento do capital social de uma empresa.
Entre 2017 e 2019, Granado Alves foi assessor do atual senador Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Os dois são investigados pelo Ministério Público, junto com Fabrício Queiroz (outro ex-assessor), no caso da "rachadinha".
O UOL procurou Victor Granado Alves e Mariana Frassetto Granado, mas ainda não conseguiu contato.
A franquia da Kopenhagen em questão é a empresa mais antiga do casal. Ela foi aberta há 13 anos no shopping Via Brasil, na Zona Norte do Rio e somente foi transferida para o centro há três meses.
Flávio Bolsonaro, por sua vez, é dono de uma franquia da mesma chocolateria localizada no shopping Via Parque, na Zona Oeste da cidade. A loja é alvo do MP, que investiga se o senador teria lavado R$ 1,6 milhão com as partes devolvidas dos salários de seus funcionários.
Na investigação "rachadinha", Granado Alves teve o sigilo bancário quebrado pelo MP. O advogado também foi acusado de testemunhar o vazamento da operação Furna da Onça, no depoimento de Paulo Marinho.
Saltos no valor do capital social
A apuração de O Globo aponta que em 2018 o capital social da empresa passou de R$ 50 mil para R$ 200 mil. A justificativa feita pelo casal à Junta Comercial do Rio foi de que esse aporte foi realizado a partir de recursos próprios.
Quando a franquia mudou para o centro do Rio, em fevereiro, eles comunicaram um aumento de cerca R$ 246.146 e previam um novo aporte de R$ 34,5 mil nos próximos doze meses. O capital passou a ser de R$ 480.646 — o que configura um crescimento de 860%.
Kopenhagen diz não compactuar com corrupção
Em nota, a Kopenhagen "afirma que colabora com as investigações e não compactua com qualquer meio de corrupção ou práticas ilegais".
"Esclarecemos, ainda, que como franqueadores não podemos interferir em projetos, movimentações de compra e venda, e/ou atividades profissionais dos nossos franqueados - como pessoas jurídicas totalmente independentes", diz o texto.
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