Caso Enzo: suspeito de matar menino em aniversário tem prisão decretada
A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva de Pedro Vinícius de Souza Pevidor, suspeito de matar o menino Enzo dos Santos, de 4 anos, ontem. A criança foi morta por um disparo de arma de fogo durante sua festa de aniversário, em Piabetá, na Baixada Fluminense.
A decretação da prisão foi feita pelo juiz Ivo Martins Caruso D'ippolito durante audiência de custódia de Pevidor, que estava preso em flagrante desde o dia do crime.
A polícia investiga se o disparo foi acidental ou se houve intenção de matar a criança.
Segundo a Justiça, a prisão de Pevidor é necessária por haver "periculosidade concreta do custodiado", já que ele permaneceu portando uma arma de fogo municiada em uma residência onde havia diversas pessoas, entre elas crianças.
Entenda o caso
Enzo dos Santos curtia o evento que ocorria com a temática do Hulk quando foi atingido por um tiro nas nádegas na frente dos irmãos - um deles de seis anos de idade. O homem acusado de cometer o disparo foi identificado como Pedro Vinícius de Souza, de 21 anos.
O pai da criança, o animador de festas Douglas dos Santos, de 37 anos, disse que o suspeito do crime entrou na festa sem ser convidado.
Segundo ele, um colega da esposa, que participava de outro evento, na frente da casa da família, foi a festa dar parabéns ao garoto. Ele estava acompanhado por alguns amigos, que não eram conhecidos da família de Enzo. Um deles, de acordo com o pai, foi o responsável pelo disparo.
"Um conhecido nosso veio dar um abraço no meu filho. Nisso, outros quatro homens vieram com ele, sem serem convidados. Ficaram aqui em casa. Foram bem recebidos, fritei salgadinhos para eles, beberam refrigerante, até que as crianças correram para abraçar a irmã mais velha que estava chegando de novo em casa. Foi quando tudo aconteceu. Um desses caras deu um tiro à queima-roupa no Enzo. Meu filho de seis anos viu tudo", disse Douglas ao UOL.
Ao ouvir o disparo, a família correu para o portão e socorreu a criança, que não resistiu ao ferimento e morreu. Douglas disse ainda que impediu o suspeito de fugir.
"Ele disse que a arma caiu e disparou. A rua encheu rápido e alguém ligou para a polícia. Ele chegou a ligar o carro para sair e eu impedi. Ele jogou a arma no carro, eu desliguei o carro e peguei a arma. Ele veio para cima de mim. Os amigos dele falaram para eu matá-lo, mas não ia fazer isso. Só queria entender o motivo para ele ter atirado em uma criança."
A festa ocorria no dia que Enzo completava quatro anos de idade. O pai contou que Enzo estava muito ansioso pelo evento.
"Ele já estava há um mês perguntando: minha festa é amanhã? Minha festa é amanhã?". Os convidados chegaram a cantar parabéns para o menino.
Procurada, a Polícia Civil disse que Pedro, o homem acusado de ter feito o disparo, foi preso em flagrante pelo crime de homicídio culposo e por porte ilegal de arma de fogo com numeração raspada. Ele não tinha passagem pela polícia e havia acabado de deixar o Exército.
"Deu baixa em fevereiro deste ano, pois acabou o período obrigatório", explicou o delegado Antônio Silvino, que pretende ouvir os familiares da vítima amanhã.
"São várias versões não oficiais sobre o fato e a família ainda não foi ouvida, pois eles estão no enterro. Vamos ver também a relação dos convidados da festa e saber quem viu o momento exato do disparo."
Pedro Vínícius alegou informalmente que a criança tentou desarmá-lo e que, neste momento, a arma caiu no chão e disparou acidentalmente. O suspeito ainda não prestou depoimento oficialmente à Polícia Civil, mas segue preso e falará apenas na audiência de custódia marcada para hoje.
*Com informações da Agência Brasil
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.