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Menino de 4 anos é morto durante festa de aniversário no Rio

Enzo morreu durante a festa de aniversário de quatro anos - Arquivo pessoal
Enzo morreu durante a festa de aniversário de quatro anos Imagem: Arquivo pessoal

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio

09/06/2020 10h12Atualizada em 10/06/2020 12h19

Uma criança de quatro anos foi morta na sua própria festa de aniversário no último domingo (7), em Magé, na Baixada Fluminense. Enzo dos Santos curtia o evento que ocorria com a temática do Hulk quando foi atingido por um tiro nas nádegas na frente dos irmãos - um deles de seis anos de idade. O homem acusado de cometer o disparo foi identificado como Pedro Vinícius de Souza Pevidor, de 21 anos.

O pai da criança, o animador de festas Douglas dos Santos, 37, disse que o suspeito do crime entrou na festa sem ser convidado. Segundo ele, um colega da esposa, que participava de outro evento, na frente da casa da família, foi à festa dar parabéns ao garoto. Ele estava acompanhado por alguns amigos, que não eram conhecidos da família de Enzo. Um deles, de acordo com o pai, foi o responsável pelo disparo.

A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva do suspeito. A defesa dele ainda não foi localizada.

Para o juiz, Ivo Martins Caruso D'ippolito, da Central de Custódia, a prisão " é necessária para a garantia da ordem pública por haver periculosidade concreta do custodiado, já que Pedro Vinicius de Souza Pevidor permaneceu portando uma arma de fogo municiada em uma residência com diversas pessoas, incluindo crianças".

O juiz ainda descartou a possibilidade de prisão domiciliar por se tratar de crime que envolve violência contra a pessoa.

O crime

"Um conhecido nosso veio dar um abraço no meu filho. Nisso, outros quatro homens vieram com ele, sem serem convidados. Ficaram aqui em casa. Foram bem recebidos, fritei salgadinhos para eles, beberam refrigerante, até que as crianças correram para abraçar a irmã mais velha que estava chegando de novo em casa. Foi quando tudo aconteceu. Um desses caras deu um tiro à queima-roupa no Enzo. Meu filho de seis anos viu tudo", disse Douglas ao UOL.

Ao ouvir o disparo, a família correu para o portão e socorreu a criança, que não resistiu ao ferimento e morreu. Douglas disse ainda que impediu o suspeito de fugir.

"Ele disse que a arma caiu e disparou. A rua encheu rápido e alguém ligou para a polícia. Ele chegou a ligar o carro para sair e eu impedi. Ele jogou a arma no carro, eu desliguei o carro e peguei a arma. Ele veio para cima de mim. Os amigos dele falaram para eu matá-lo, mas não ia fazer isso. Só queria entender o motivo para ele ter atirado em uma criança".

A festa ocorria no dia que Enzo completava quatro anos de idade. O pai contou que Enzo estava muito ansioso pelo evento.

"Ele já estava há um mês perguntando: minha festa é amanhã? Minha festa é amanhã?". Os convidados chegaram a cantar parabéns para o menino.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito não tinha passagem pela polícia e havia acabado de deixar o Exército.

"Deu baixa em fevereiro deste ano, pois acabou o período obrigatório", explicou o delegado Antônio Silvino, que pretende ouvir os familiares da vítima amanhã.

"São várias versões não oficiais sobre o fato e a família ainda não foi ouvida, pois eles estão no enterro. Vamos ver também a relação dos convidados da festa e saber quem viu o momento exato do disparo."

Pedro Vinícius alegou informalmente que a criança tentou desarmá-lo e que, neste momento, a arma caiu no chão e disparou acidentalmente.