"Se casos e mortes aumentarem, vamos retroceder", diz Covas sobre bares
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), elogiou a cooperação de donos de bares e restaurantes na cidade de São Paulo para que o plano de retomada em meio à pandemia do novo coronavírus avançasse. No entanto, avisou que se os números na cidade voltarem a subir, a administração irá retroceder. A partir de hoje, em todo o estado, esses estabelecimentos poderão funcionar até as 22h.
"No último final de semana, foram 480 estabelecimentos fiscalizados pela Prefeitura e somente 20 tiveram algum tipo de multa ou interdição. A maioria está respeitando e eles entenderam que se houver um aumento de casos e de mortes na cidade, nós vamos retroceder no plano de retomada. Os donos de bares entenderam que tem que ser aliados da prefeitura nesse momento", disse o prefeito em entrevista à "Super Rádio" na manhã de hoje.
Segundo ele, a decisão de permitir que bares e restaurantes abram durante a noite - desde cumpram o horário total de funcionamento permitido, que é de 6 horas por dia - não trará riscos à população.
"No dia 6 de julho, quando a Prefeitura assinou o protocolo de reabertura, a Vigilância Sanitária entendeu que não haveria problema se eles funcionassem até as 22h. O governo do estado foi mais cauteloso e o Centro de Contingência pediu para que funcionassem até as 17h. Para a Vigilância, se as regras forem cumpridas, não há risco para a população", afirmou Covas.
Segundo ele, a cidade caminha para "a 9ª semana sem aumento de casos e mortes" o que justifica o avanço da reabertura. Ele também lamentou as 10 mil mortes em decorrência da covid-19 na capital.
Ainda para esse setor, o prefeito também anunciou um período de testes para avaliar a liberação das calçadas para uso dos bares e restaurantes. O projeto piloto terá inicio em quatro ruas no centro da cidade.
A permissão para funcionarem até as 22h foi anunciada ontem pelo governador João Doria (PSDB). De acordo com Doria, os estabelecimentos poderão funcionar pelo período de seis horas e poderão escolher o horário de funcionamento, seja em um único período ou em dois turnos de três horas. Os locais terão que respeitar a capacidade de 40% de ocupação, e os clientes só poderão ser atendidos sentados.
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