Homem que ofendeu motoboy em Valinhos fez falsa acusação de furto em 2019
A Justiça arquivou no ano passado uma falsa acusação de furto de veículo feita por Mateus Abreu Almeida Prado, que em 31 de julho ofendeu um motoboy na porta de casa, em Valinhos, em São Paulo. O Tribunal entendeu que o contabilista de 31 anos apresenta esquizofrenia. Por esse motivo, a Justiça decidiu não responsabilizar Mateus por falsa comunicação de crime.
Conforme apurou o UOL, o contabilista registrou boletim de ocorrência em março de 2019 relatando o furto do seu veículo Honda Fit. No entanto, cinco dias depois do B.O lavrado, o pai de Mateus comunicou à polícia que, diferentemente do que o filho havia informado, o carro não havia sido furtado.
O pai alegou que o filho é esquizofrênico e que, em virtude do transtorno mental, Mateus não teria se recordado que o veículo havia sido levado para a uma funilaria.
"O declarante [pai de Mateus] deseja constar que Mateus sofre de esquizofrenia, tem episódios de crise, perdendo a noção da realidade, o que acredita ser o motivo do mesmo ter confeccionado o boletim de furto do veículo", concluiu o delegado Sandro Jonasson, do 5º DP de Campinas.
Em agosto de 2019, o Ministério Público se manifestou em favor do arquivamento.
"O investigado [Mateus], a despeito de acreditar que seu veículo fora furtado, em decorrência do transtorno mental que o acomete não tinha a voluntariedade necessária à tipificação penal. Ante o exposto, requeiro o arquivamento dos presentes autos quanto ao averiguado", manifestou-se o promotor Denis Henrique Silva.
Em setembro do ano passado, a Justiça acolheu a manifestação do MP e arquivou o caso.
Família fala em esquizofrenia e pede compreensão após ofensas
Na semana passada, um vídeo de um ato de discriminação racial envolvendo Couto viralizou na internet. As imagens, feitas por um morador de um condomínio residencial de alto padrão, mostram o contabilista humilhando o entregador Matheus Pires por causa de um atraso na entrega.
Matheus, que é motoboy a serviço do iFood, entregava uma refeição no condomínio. Um vizinho começou a filmar apenas após o começo da discussão. É possível ver Matheus sendo chamado de "lixo" e "semianalfabeto".
Após o ocorrido, a família de Mateus Couto argumentou que o homem sofre de esquizofrenia. O pai dele apresentou à Polícia Civil um laudo que comprovaria que ele faz tratamento médico, e pediu "compreensão" devido ao estado de saúde.
Levado à delegacia no dia das ofensas, ele foi liberado para responder ao crime de injúria racial em liberdade.
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