Fumaça de queimadas toma conta de Belém e assusta moradores
Uma névoa formada por fumaça de queimadas, associada ao vento seco, tomou a cidade Belém no início da manhã de hoje e chamou a atenção de moradores e turistas. A cidade enfrenta a falta de chuvas há mais de um mês e tem registrado temperaturas mais elevadas que a média, batendo 34° C hoje.
Segundo o meteorologista e coordenador do Lapis (Laboratório de Processamento de Inagens de Satélite), localizado na Ufal (Universidade Federal de Alagoas), Humberto Barbosa, as imagens captadas por satélite mostram focos de incêndios próximos da capital paranese, que somada à ausência de umidade explicam a fumaça vista hoje.
"Essas queimadas são muito frequentes nessa época do ano, e agosto é o pico. Mas o que a gente tem visto este mês é que está mais seco na região de Belém em função dos ventos de nordeste, que são ventos secos e quentes. E esse ano a quantidade de chuvas, pelo menos nas duas últimas semanas, tem diminuído sensivelmente ali no norte da Amazônia", explica Barbosa.
Segundo ele, a previsão de menos chuvas já era previsto para 2020, o que poderia tornar mais grave o problema das queimadas na Amazônia. "A gente já havia colocado esse cenário para 2020: seria um ano mais quente e seco. E os ventos nordeste trazem mais essa secura e esse calor. Com a vegetação mais seca, se favorecem as queimadas, principalmente essas que estamos vendo perto de Belém".
Muitas pessoas fotografaram o fenômeno e publicaram em redes sociais, questionando o que teria causado a nuvem atípica na região:
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