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Bruno diz que não deve pedir perdão e que dorme com consciência tranquila

07/03/ 2013: O goleiro Bruno Fernandes aguarda início de seu julgamento, no Fórum de Contagem (MG) - Joel Silva/Folhapress
07/03/ 2013: O goleiro Bruno Fernandes aguarda início de seu julgamento, no Fórum de Contagem (MG) Imagem: Joel Silva/Folhapress

Eduardo Lucizano

Do UOL, em São Paulo

08/09/2020 01h35

Condenado pela morte de Eliza Samúdio e cumprindo regime semiaberto, o goleiro Bruno, ex-Flamengo, afirmou que dorme com a consciência tranquila e que não precisa pedir perdão a ninguém, durante entrevista no Conexão Repórter, do SBT.

Bruno foi condenado também pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e sequestro. Os crimes ocorreram em 2010, quando o jogador foi preso, acusado de envolvimento no assassinato de Eliza Samúdio, com quem teve um filho.

"Não (devo pedir perdão para ninguém). Todas as pessoas a que pedi perdão já me perdoaram. Durmo com a minha consciência tranquila", afirmou Bruno.

Muitos anos depois, ele considera sua condenação injusta. "Lógico que não (foi justa a condenação). Tem uma pancada de erro", disse. Perguntado se era um anjo, ele disse: "Não, mas também não fui esse demônio".

O goleiro afirmou que não era o mandante ou responsável do assassinato de Eliza e que não volta mais para a prisão. Ele joga atualmente no Rio Branco, do Acre, que disputa a Série D do Campeonato Brasileiro. "Eu não sou o mandante", disse ele. "Pra prisão eu não volto, nunca mais", completou.

Bruno não reconhece o filho que teve com Eliza e diz que precisa de um exame para comprovar. "Não pode falar que é meu filho se não tiver exame de DNA. Se não tem um exame, existe a dúvida. Já pedi na Justiça", disse.

O jogador se recusou a falar mais sobre a morte de Eliza e deixou a entrevista após insistência do jornalista Roberto Cabrini. "Você veio aqui para fazer a entrevista sobre recomeço, acho melhor a gente encerrar por aqui".