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Desentendimento durante passeio termina com homem ferido e cão morto no RJ

Washington Nascimento foi hospitalizado; o pitbull Thor, descrito pela dona como "dócil" não resistiu aos tiros - Acervo pessoal
Washington Nascimento foi hospitalizado; o pitbull Thor, descrito pela dona como "dócil" não resistiu aos tiros Imagem: Acervo pessoal

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

02/10/2020 13h45

Um homem e um cachorro foram baleados na madrugada de hoje, no bairro de São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro.

O pedreiro Washington Nascimento, 42 anos, estava passeando com o pitbull da enteada quando o dono de uma cadela, que também estava na rua, ficou insatisfeito com a aproximação do animal. O pedreiro foi atingido por dois disparos, na cintura e no braço, e está internado no Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio. Já o pitbull, de três anos, morreu no local em decorrência de três tiros.

A enteada da vítima, dona do cachorro, disse que, mesmo ferido, o padrasto conseguiu retornar para a casa com o pitbull. Daniella Carvalho Pereira, 33, informou que o animal estava de focinheira e coleira e que o padrasto chegou em casa repetindo que tentou protegê-lo.

"Ele chegou repetindo que fez de tudo para protegê-lo. Encaminhamos ele para o hospital e o Thor [o pitbull] está aqui em casa até agora. Eu fui até o local, vi as manchas de sangue na rua. o Thor foi cheirar uma cadela e o dono surtou e atirou contra os dois", relatou.

Apesar de se tratar de um pitbull, Daniella reforçou que o animal era dócil e estava equipado para o passeio com focinheira e coleira.

Até o momento, o autor dos disparos não foi localizado nem identificado. O caso foi registrado na Delegacia de São Cristóvão como tentativa de homicídio.

Daniella disse ainda que recolheu no lugar do crime as cápsulas encontradas no local que fica a 200 m de DPO (Destacamento de Polícia Ostensiva), que está desativado.

"Essa unidade só serve para os almoços dos PMs", informou ao UOL um policial militar do Batalhão de São Cristóvão.

A dona do pitbull aguarda em casa ainda a presença de um perito veterinário para que possa ser feito um exame de confronto balístico.

À reportagem, a Subsecretaria de Proteção Animal do Estado do Rio informou que solicitou a tutora do animal que o corpo do pitbull fosse encaminhado para o Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, na Mangueira, também na zona norte, para realização de exames investigativos, e disse que a "a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente foi acionada para que a especializada assuma as investigações do caso".

"A subsecretaria reforça que atuará junto à DPMA (Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente) para elucidação do caso e que o autor do crime seja preso", acrescentou.