Metrô de SP suspende 2 licitações para obras no monotrilho da Linha 17-Ouro

O Metrô de São Paulo anunciou a suspensão de duas licitações para obras no monotrilho da Linha 17-Ouro, na zona sul da capital paulista. A decisão cumpre determinação do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado) e um recurso apresentado pelo Consórcio Paulitec-Sacyr contra a Coesa Engenharia Ltda, vencedora do processo licitatório no mês passado.

A primeira licitação se referia à supervisão, auditoria, fiscalização, inspeção, acompanhamento e controle na implantação de sistemas elétricos, eletrônicos, mecânicos e material rodante do monotrilho. Já a segunda tratava de obras de acabamento e paisagismo na via e em sete estações da Linha 17.

Relacionadas

Com 36,4°C, capital paulista registra a 5ª maior temperatura para outubro

Com foco em 2022, Bolsonaro, Doria, Lula e Ciro influenciam disputa em SP

MP-SP investiga gastos com comida e gás em cadeia ainda não inaugurada

A suspensão das duas licitações consta na edição de hoje do Diário Oficial do governo de São Paulo.

Prometida para a Copa do Mundo de 2014, a obra já diminuiu de tamanho — passando de 19 para oito estações —, aumentou de valor — indo de R$ 3,2 bilhões para R$ 4,4 bilhões — e é marcada por disputas judiciais.

A construção é dividida em cinco contratos: um para o pátio de manutenção, três para as estações e um que contempla trens, vigas e sinalização. O fato de as empresas contratadas estarem sendo investigadas pela Operação Lava Jato explica parte do atraso.

Quando concluída, a linha será formada pelas estações Congonhas, Jardim Aeroporto, Brooklin Paulista, José Diniz, Campo Belo — com conexão com a Linha 5-Lilás do Metrô —, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e Morumbi, que também dá acesso à Linha 9-Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

Linha 6 têm obras retomadas

Outra promessa antiga, a Linha 6-Laranja do Metrô teve as obras retomadas hoje, segundo anunciado pelo governador João Doria (PSDB). A construção estava paralisada desde 2016 e tem previsão para ser concluída em cinco anos.

A linha, conhecida como "linha das universidades" é composta por 15 estações e tem mais 15 quilômetros de extensão, ligando a zona norte ao centro (Brasilândia a São Joaquim). O projeto ainda conta com integração para outras quatro linhas do Metrô e da CPTM.

"Essa linha vai passar pelas principais universidades de São Paulo. E, quando estiver concluída, vai transportar 630 mil passageiros. Lembrando que estamos na pandemia, e São Paulo dá uma demonstração de apoio às obras e iniciativas de infraestrutura", disse ontem o governador.

A construção e a operação da Linha 6-Laranja serão feitas pelo grupo espanhol Acciona, que adquiriu o direito do consórcio Move São Paulo. A concessão inclui ainda a aquisição de toda a frota, que deverá ter 22 trens, e prevê 19 anos para manutenção e operação.

*Com Estadão Conteúdo