Turista argentino morre após acidente entre lanchas na Bahia
Alexandre Santos
Colaboração para o UOL, em Salvador
06/11/2020 17h36
Um turista argentino morreu na noite de ontem após a colisão entre duas lanchas rápidas, na região da praia da Ponta do Curral, em Valença (BA), cidade a 262 km de Salvador.
A vítima, identificada como Juan Andres Villalba, tinha 36 anos e seguia para Morro de São Paulo, destino turístico localizado na cidade-arquipélago de Cairu, no baixo-sul baiano.
Juan chegou a ser socorrido para uma unidade de saúde, mas não resistiu. Ele sofreu fraturas nas pernas e teve o abdome perfurado.
Outros passageiros também ficaram feridos no acidente, ocorrido por volta das 23h. Não há informações sobre o estado de saúde deles.
De acordo com a Astram (Associação de Transporte Marítimo), uma das embarcações afundou momentos depois do choque. O corpo do turista argentino foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) de Valença.
Ao UOL, a assessoria da Polícia Civil informou que a 1ª DT (Delegacia Territorial) instaurou inquérito para investigar o caso. Testemunhas e o marinheiro da embarcação em que a vítima estava já foram ouvidas na unidade, que expediu guias para exame médico-legal e de perícia.
Em nota, a Capitania dos Portos da Bahia disse que a Marinha do Brasil vai instaurar um inquérito administrativo para apurar as causas e as responsabilidades sobre o acidente.
Em um comunicado de pesar, a Astram informou que está prestando todas as informações aos órgãos oficiais. "Neste momento, prestamos nossa solidariedade aos parentes e amigos da vítima", disse.
A reportagem não conseguiu localizar as empresas proprietárias das embarcações.
Consulado aguarda apuração para fazer translado
Pablo Virasoro, cônsul-geral da Argentina na Bahia, relatou ao UOL que o acidente marítimo que vitimou Juan Andres Villalba ocorreu poucas horas depois de ele ter desembarcado no aeroporto de Salvador.
Virasoro informou que as providências para transladar o corpo do turista ao país de origem devem demorar alguns dias, uma vez que será necessário aguardar tanto a apuração administrativa da Marinha quanto a investigação policial conduzida pela Delegacia de Valença.
"Não podemos ainda tomar nenhuma providência de translado, mas já contatamos a família para passar todas as informações. Agora, devemos esperar a conclusão de todos esses procedimentos", disse.