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Suspeito de integrar rede de pornografia infantil é preso no Pará

Policiais federais apreendem computador no Pará - Divulgação/ PF
Policiais federais apreendem computador no Pará Imagem: Divulgação/ PF

Luciana Cavalcante

Colaboração para o UOL, de Belém-PA

08/11/2020 17h09

A Polícia Federal prendeu hoje no município de Redenção, sul do Pará, um homem suspeito de integrar uma rede internacional de compartilhamento de conteúdo pornográfico infanto-juvenil. No celular dele havia fotos e imagens desse tipo de conteúdo.

A prisão aconteceu durante a operação "Dirty Share", articulada pela polícia para o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do suspeito. Segundo o delegado da Polícia Federal, Adylo Hugo, as investigações foram iniciadas pela Interpol, na Espanha, para rastrear grupos de WhatsApp criados para compartilhamento de pornografia infantil.

A unidade da Interpol comunicou a polícia federal no Brasil sobre a existência desses grupos, onde havia pessoas de várias nacionalidades, entre eles um brasileiro. Iniciando as investigações no Brasil, mais precisamente no Pará onde reside o investigado, chegou-se a autoria e representou-se pela busca e apreensão.

Após rodar programas aptos a identificar esse tipo de arquivo, os policiais encontraram material pornográfico infanto-juvenil no celular do suspeito.

"Havia imagens de crianças em poses sexualmente explícitas, além de vídeos que demonstram relações sexuais de meninas de menores de 18 anos", revelou Hugo.

O suspeito foi preso em flagrante, pelo crime tipificado no art. 241-B do ECA, cuja definição é de adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. A pena é de 1 a 4 anos de reclusão.

Ainda segundo a Polícia Federal, provavelmente os vídeos foram obtidos através de sites de conteúdo pornográfico na chamada "deep web" e até o momento não é possível afirmar que o suspeito manteve relações sexuais com as crianças e adolescentes que aparecem nos vídeos. "Ao que tudo indica, ele apenas armazenava o conteúdo, para eventualmente compartilhá-lo".