Morte de advogados em GO teria sido encomendada por até R$ 500 mil
Pedro Paulo Couto
Colaboração para o UOL, em Goiânia (GO)
17/11/2020 19h40
A PCGO (Polícia Civil de Goiás) confirmou hoje que prendeu todos os suspeitos de envolvimento nas mortes dos advogados Marcus Aprígio Chaves, de 41 anos, e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, de 47, assassinados a tiros no último dia 28 de outubro, em um escritório de advocacia de Goiânia.
Segundo as investigações, os homicídios teriam sido encomendados pelo valor de R$ 100 mil, caso os executores ficassem impunes, e R$ 500 mil se eles fossem presos.
A motivação seria a atuação das vítimas em processos judiciais contra familiares do suposto mandante, que envolvem disputa de terras em São Domingos.
O suspeito de ser o mandante do crime foi preso em Catalão, na tarde de hoje, em uma ação conjunta da GENARC (Delegacia Estadual de Homicídios e do Grupo de Repressão a Narcóticos) da cidade.
Já no último dia 9 de novembro, uma mulher e um homem suspeitos de serem os intermediadores do crime foram detidos por policiais civis nas cidades de Porto Nacional e Palmas, no Tocantins.
O intermediário também teria transportado os executores de Porto Nacional (TO) até Goiânia para matar os advogados, além de ter dado dinheiro para que a dupla ficasse na capital até a morte das vítimas.
De acordo com a PCGO, os dois intermediários confessaram em detalhes a participação no crime e apontaram o mandante preso como responsável por todo o planejamento.
Uma coletiva está prevista para amanhã com detalhes do caso e das prisões.
No fim do mês passado, a polícia prendeu, também no Tocantins, Pedro Henrique Soares, 25 anos, indiciado como executor do duplo assassinato dos advogados, responsável pelos disparos contra as vítimas.
O segundo autor, Jaberson Gomes, foi morto em confronto com a Polícia Militar, após reagir a abordagem.
Crime
Segundo a investigação, os dois homens que cometeram o crime se passaram por clientes e marcaram horário para serem atendidos.
Eles chegaram no escritório sem máscaras e simularam um assalto. Marcus entregou R$ 2 mil a eles, mas um dos suspeitos disparou nas vítimas. A dupla fugiu em seguida.
Uma força-tarefa composta por cinco delegados e 30 policiais civis foi montada solucionar o crime.