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MG: Polícia procura homem que fez amigo cavar fossa e depois o assassinou

Crime aconteceu em 2017, em Contagem (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte; vítima pode ter sido enterrada ainda viva - Polícia Civil de MG/Divulgação
Crime aconteceu em 2017, em Contagem (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte; vítima pode ter sido enterrada ainda viva Imagem: Polícia Civil de MG/Divulgação

Juliana Siqueira

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

17/11/2020 17h32

A Polícia Civil de Minas Gerais está há três anos à procura de José Maria Pinheiro Pedroso, de 56 anos, suspeito de matar o melhor amigo, conhecido como Luizinho da Bicicleta, após fazê-lo cavar uma fossa, onde a vítima foi jogada. A motivação seria uma quantia de R$ 30 mil que o criminoso devia para Luizinho, de 64 anos, por ter intermediado a venda de um imóvel dele. O crime aconteceu em 2017, em Contagem (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte.

Em coletiva de imprensa realizada hoje, o delegado da delegacia de homicídios de Contagem, Anderson Kopke, deu mais detalhes sobre o ocorrido. Segundo ele, José Maria contou com a ajuda de mais dois homens, de 45 e 49 anos, que já estão presos, para matar Luizinho. Ele teria prometido dividir os R$ 30 mil com eles, mas não chegou a realizar o pagamento.

No dia do homicídio, José Maria teria chamado o amigo para ele ajudá-lo a cavar uma fossa em uma chácara onde o suspeito trabalhava como caseiro. Quando o buraco já tinha cerca de três metros de profundidade, os três homens começaram a jogar blocos de cimento em Luizinho, que logo após foi enterrado. Segundo Kopke, não é possível saber se a vítima ainda estava viva nesse momento — embora, disse ele, fosse "provável que sim".

O fato de não conseguir precisar se a vítima estava morta ou não quando foi jogada na fossa está ligado ao tempo que o corpo permaneceu no local sem ser descoberto - seis meses, ou seja, já estava em estado avançado de decomposição. A polícia chegou ao lugar depois desse período após uma denúncia anônima, que dava conta de que havia um corpo enterrado em uma chácara.

Ainda segundo informações dadas na coletiva, Luizinho considerava José Maria como "um irmão". O suspeito do crime prestava serviços diversos pela vizinhança, como pintura e construção.

Ausência

Apesar de Luizinho ser uma pessoa querida pelos vizinhos, ele era também mais reservado, segundo a polícia.

Para justificar a ausência da vítima, José Maria teria dito às pessoas que ele repassou um terreno para o "amigo", localizado em Esmeraldas, também na região metropolitana de Belo Horizonte, e que ele teria se mudado para o local.

Os familiares de Luizinho moram no interior de Minas Gerais e não tinham informações acerca dele.