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Corpo de japonesa é achado em cachoeira de centro usado por João de Deus

Corpo de japonesa foi encontrado em cachoeira que fica em propriedade de João de Deus   - Divulgação/Polícia Civil
Corpo de japonesa foi encontrado em cachoeira que fica em propriedade de João de Deus Imagem: Divulgação/Polícia Civil

Pedro Paulo Couto

Colaboração para o UOL, em Goiânia

17/11/2020 13h57Atualizada em 17/11/2020 17h18

O corpo de uma japonesa, de 43 anos de idade, foi encontrado ontem perto de uma cachoeira, que fica na propriedade da Casa Dom Inácio de Loyola, conhecida pelos atendimentos espirituais realizados por João Teixeira de Faria, o médium João de Deus, que cumpre prisão domiciliar após ser condenado por crimes sexuais contra mulheres que frequentavam a Casa. O local fica em Abadiânia, na região leste de Goiás.

O Instituto de Identificação de Goiás confirmou, agora à tarde, que o corpo encontrado numa cachoeira de Abadiânia, e que apresentava sinais de violência, é de Hitomi Akamatsu, desaparecida desde 10 de novembro, mas o caso só foi registrado no domingo (15).

Segundo o Instituto, devido o avançado estado de decomposição do corpo, foi utilizado um tratamento para recomposição das cristas papilares e as impressões digitais foram confrontadas com as do documento padrão. O corpo segue no IML da cidade de Anápolis aguardando a chegada de representantes da Embaixada Japonesa para a liberação.

Um jovem, de 18 anos, foi preso suspeito de cometer o crime. O delegado contou que a intenção dele era roubar os pertences da vítima para pagar dívidas de drogas.

"A japonesa estava em Abadiânia há dois anos realizando tratamento espiritual e no dia do crime tomava banho na cachoeira, quando o suspeito foi ao local porque sabia da presença de estrangeiros por lá, que poderiam ter dinheiro", relatou Albert Peixoto.

O suspeito foi preso em flagrante por ocultação de cadáver e pode responder também por latrocínio, que é roubo seguido de morte. De acordo com o delegado, o rapaz confessou o crime na delegacia e teria matado a vítima sufocada porque ela reagiu.

Ainda segundo as investigações, alguns pertences da japonesa foram queimados, como roupas e uma carteira. O preso está na Cadeia de Alexânia. Como o nome dele não foi revelado, a reportagem não teve acesso à sua defesa para comentar o caso.

O UOL também tentou contato telefônico com a Casa Dom Inácio de Loyola, mas as ligações não foram atendidas.