Acidente em MG: Translado de corpos de alagoanos será feito pela FAB

O governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), anunciou na tarde de hoje que o translado de corpos das vítimas alagoanas do acidente que ocorreu ontem na BR 381, em Minas Gerais, será feito por aviões da FAB (Força Aérea Brasileira). Ontem, um ônibus que saiu de Mata Grande (AL) com destino a São Paulo caiu de um viaduto na altura de João Monlevade, interior de MG, deixando 18 mortos e 23 feridos.

"Acabei de falar com o presidente Jair Bolsonaro para solicitar que um avião da Força Aérea Brasileira faça o traslado dos corpos das vítimas do acidente de ônibus ocorrido em Minas Gerais. O presidente determinou imediata providência. Agradeço em nome do povo alagoano esta atenção para conosco", escreveu ele no Twitter.

Pouco depois, Renan Filho publicou um vídeo no Instagram explicando a logística do translado. Segundo ele, os corpos serão levados de Belo Horizonte até Paulo Afonso (BA), onde fica o aeroporto mais próximo. Depois, veículos do Corpo de Bombeiros serão responsáveis pelo transporte até Alagoas, onde cada corpo será encaminhado para sua cidade de origem.

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Cartório dentro do IML será reativado

A Polícia Civil de MG afirmou que os corpos serão liberados a medida que forem identificados. A corporação afirmou que pediu registros aos estados Alagoas, Santa Catarina, São Paulo e Bahia para acelerar o processo de identificação.

Os corpos se encontram no IML (Instituto Médico Legal) de Belo Horizonte, para onde foram levados na manhã de hoje, após serem transferidos do IML de João Monlevade.

A polícia também divulgou, em coletiva de imprensa realizada nesta tarde, que o TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) reativará um posto avançado dentro do IML para que as declarações de óbito sejam registradas dentro do próprio local.

Na manhã de hoje, foram divulgadas as identidades de algumas das vítimas do acidente. Ao todo, 13 pessoas morreram no local. Outras cinco morreram no hospital. Ainda há outras 23 pessoas que foram levadas para o hospital Margarida de João Monlevade — dessas, três foram transferidas para o hospital João 23.

A polícia afirmou que há muita dificuldade em identificar alguns dos corpos porque, no momento do acidente, objetos pessoais como documentos de identidade podem se soltar. Os delegados afirmaram que todos os óbitos foram por traumatismo.

A Polícia Civil informou que foi instaurado inquérito para investigar o que aconteceu. A principal suspeita é de que tenha ocorrido uma falha mecânica nos freios, porque o Corpo de Bombeiros informou que o motorista gritou que perdeu a frenagem antes de se jogar do coletivo.

A causa, no entanto, só deve ser esclarecida com resultados das perícias, que podem levar 30 dias para ficar prontas. A altura da queda foi de aproximadamente 35 metros, em área próxima ao entroncamento com a BR-262, sobre a linha da Estrada de Ferro Vitória a Minas, e também próximo ao rio Piracicaba.

O ônibus transportava 46 passageiros no momento da tragédia. A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) informou que a empresa JS Turismo é a dona do veículo e não tinha autorização para transportar passageiros.