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Grupo de trabalho do MPF vai avaliar riscos de queda de falésia em Pipa

Em 17 de novembro, desabamento de parte de uma falésia matou um casal e seu filho de 6 meses - Reprodução/Redes sociais
Em 17 de novembro, desabamento de parte de uma falésia matou um casal e seu filho de 6 meses Imagem: Reprodução/Redes sociais

Do UOL, em São Paulo

10/12/2020 17h28Atualizada em 10/12/2020 17h31

O MPF (Ministério Público Federal) definiu, junto ao Idema/RN (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente), a criação de um grupo de trabalho para acompanhar a análise dos possíveis riscos relacionados ao desabamento de parte de uma falésia na praia de Pipa, em Tibau do Sul (RN), no dia 17 de novembro, que deixou três mortos.

Uma das metas é concluir, dentro de 15 dias, um primeiro estudo mais amplo a respeito da situação. O grupo também vai avaliar as medidas já tomadas e embasar iniciativas de médio e longo prazo que possam ser necessárias para evitar que novos acidentes aconteçam.

Nesse trabalho, MPF e Idema contarão com o apoio de órgãos como o Itep/RN e a Defesa Civil do estado, além de representantes da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), da prefeitura de Tibau do Sul e da CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais) do governo federal.

A criação do grupo de trabalho foi decidida em uma reunião realizada na última terça-feira (8) entre o procurador da República, Daniel Fontenele, responsável pelo procedimento que tramita no MPF; o diretor-geral do Idema, Leonlene Aguiar; e a procuradora do Estado, Marjorie Madruga.

Segundo Aguiar, o parecer a ser produzido pelo grupo avaliará, em primeiro lugar, os perigos relativos à estrutura da falésia, ainda sem considerar a drenagem, a ocupação e a erosão costeira. Em seguida, haverá outra análise considerando cada um desses fatores que influenciam a estabilidades das falésias. A partir daí, serão avaliados os possíveis riscos.

Deslizamento matou família

O deslizamento de uma falésia em uma praia em Pipa, em Tibau do Sul, litoral sul do Rio Grande do Norte, causou a morte de três pessoas no fim da manhã de 17 de novembro.

A Polícia Militar confirmou que as vítimas eram uma mulher, um homem e uma criança, todos da mesma família. Segundo o Corpo de Bombeiros, o casal era paulista, mas já morava havia alguns anos em Pipa.

O casal e o filho, um bebê de 6 meses, estavam sentados aproveitando a sombra quando foram surpreendidos e atingidos pelo deslizamento, ficando soterrados. Segundo a prefeitura, o desabamento foi causado pela maré alta que atingiu as praias na madrugada e alcançou o pé das falésias.