Tripulantes de lancha que desapareceu no RJ morreram afogados, diz IML
Aliny Gama
Colaboração para o UOL, em Maceió (AL)
08/02/2021 15h46Atualizada em 08/02/2021 22h41
Os quatro tripulantes identificados da lancha "O Maestro", que desapareceu próximo ao farol de São Tomé, em Campos dos Goytacazes (RJ), morreram afogados no mar, informou a necropsia realizada no IML (Instituto Médico Legal) de Macaé. O grupo fazia uma expedição do Rio de Janeiro para Fortaleza entre amigos e a viagem duraria entre 15 e 20 dias.
Participavam da expedição Ricardo José Kirst (empresário), Domingos Savio Ribeiro (empresário), Guilherme Ambrósio de Oliveira (comandante), Wilson Martins dos Santos (pescador) e José Cláudio de Souza Vieira (mestre de máquina), que segue desaparecido.
Os corpos foram localizados na quinta-feira (4) e no sábado (6), em uma operação conjunta entre Marinha do Brasil e FAB (Força Aérea Brasileira). Um freezer e uma cadeira que supostamente pertencem à lancha foram vistas durante as buscas ao longo da semana passada.
O IML de Macaé informou que o corpo de Wilson foi retirado por uma funerária contratada pela família para se submeter a tratamento para conservação. O traslado do corpo ocorrerá às 13h50 de amanhã, partindo em voo direto do Rio de Janeiro para Fortaleza. O corpo do pescador será enterrado no cemitério da praia de Guajiru, em Trairí (CE), a 137 km de Fortaleza.
Já o corpo de Ricardo Kirst, apesar de identificado pelos legistas no sábado, só foi retirado do IML de Macaé pela família hoje mais cedo. Familiares de Ribeiro e Oliveira foram informados da identificação na noite de hoje e estão viajando do Ceará para o Rio de Janeiro para fazer o translado dos corpos até o estado de origem. A previsão é que eles cheguem amanhã.
A Marinha do Brasil segue fazendo buscas na região para tentar encontrar o último tripulante e a embarcação.
Problemas na viagem
O gaúcho Ricardo José Kirst, que residia no Ceará, chamou quatro amigos de pesca para realizarem uma expedição em uma lancha. Ele comprou o veículo no Rio de Janeiro e iria levá-lo por mar até Fortaleza. O objetivo era registrar a jornada para ser publicada no canal do YouTube dele, onde costuma postar viagens náuticas e pescarias.
Eles ainda chegaram a fazer alguns registros, mas logo no primeiro dia a lancha apresentou um problema de entrada de ar em mangueiras no Rio de Janeiro, onde tiveram de ancorar para realizar o reparo.
Dois dias depois seguiram viagem, mas na madrugada do dia 30 emitiram um pedido de socorro à Marinha e aos navegantes que estivessem próximos informando problemas na embarcação e que teriam que abandonar a lancha.