Dono de doceria que vendia brownies de maconha pela internet é preso no CE
Um homem foi preso em Fortaleza (CE) suspeito de comandar uma doceria online especializada na venda de brownies feitos à base de maconha. Ao UOL, a Polícia Civil informou que Anderson da Silva Pereira, de 21 anos, foi flagrado ao realizar a entrega de uma encomenda na última sexta-feira, 12, no bairro Aldeota, próximo à sua residência, na capital cearense.
Após ser abordado, Anderson foi conduzido até seu apartamento, onde os agentes encontraram 250 gramas de maconha in natura, misturas para bolos, além de um tipo de manteiga preparada com a erva. O material, de acordo com a investigação, servia de insumo para o preparo dos brownies.
No local, também foram apreendidos apetrechos para embalagens dos doces, balança de precisão, caderno com anotações da contabilidade do negócio, 40 unidades dos bolos prontos para venda e mais de R$ 2,8 mil em espécie. O dinheiro seria fruto da venda dos produtos.
De acordo com o Denarc (Departamento Estadual de Narcóticos), o caso foi descoberto por meio de uma denúncia anônima de que o comércio ilícito funcionava por meio digital. Com o aprofundamento da investigação, os policiais civis conseguiram chegar ao suspeito.
Anderson, que não possuía antecedentes criminais, foi autuado por tráfico de drogas. O UOL não conseguiu localizar a sua defesa até a publicação da reportagem. A Polícia Civil informou que, mesmo com a prisão de um suspeito, o caso continuará a ser investigando para identificar outros possíveis envolvidos na atividade criminosa.
Perfil ofertava "entrega discreta" e "beck" de brinde
Em uma coletiva de imprensa concedida hoje, o delegado Alisson Gomes, titular do Denarc, informou que o perfil na rede social no qual Anderson oferecia seus produtos tinha mais de mil seguidores.
Sob a promessa de fazer uma entrega de forma "discreta", o estabelecimento online também comercializava cigarros de maconha -item que era ofertado como brinde em uma espécie promoção. Segundo o delegado, tinham direito ao cigarro clientes que comprassem acima de três unidades dos brownies.
"A investigação aponta que ele [Anderson] preparava esses brownies com esse tipo de entorpecente, a maconha, e vendia na internet, inclusive oferecendo brindes. Dentre os brindes é possível destacar o 'beck', como eles chamam o cigarro de maconha, após [o cliente] comprar uma determinada quantidade de brownies. Diante dessas informações, o Denarc passou a monitorar a atividade criminosa e, na sexta-feira, conseguiu fazer a abordagem quando ele se dirigia para uma entrega", afirmou o titular do Denarc.
Gomes afirmou que o caso, além de configurar tráfico de drogas, é um problema de saúde pública diante da ingestão do referido produto. "É de fácil constatação aí, em uma simples pesquisa na internet, de pessoas que passaram mal e até ficaram internadas após consumir esse tipo de produto", disse.
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