Fisioterapeuta tem crise de sonambulismo e cai de 3º andar de hotel no RJ
A fisioterapeuta Talyssa Taques, de 27 anos, teve uma crise de sonambulismo e caiu do terceiro andar de um hotel no Rio de Janeiro. O caso aconteceu em 5 de fevereiro, mas chamou atenção agora, já que ela está internada no Hospital Israelita Albert Sabin e a família busca uma transferência para Mato Grosso.
Segundo sua mãe, Talyssa mora em Cuiabá e passava um final de semana no Rio, junto com os pais e irmãos, quando ocorreu a crise de sonambulismo e o acidente. Foi criada uma vaquinha online para arrecadar recursos para custear uma UTI aérea, a fim de promover o suporte que ela precisa para ficar perto de casa.
A mãe de Talyssa, a consultora imobiliária Angélica Oliveira, contou ao UOL que a filha trabalha como coordenadora da UTI no Hospital São Mateus, e também em um pronto-socorro de Cuiabá. As duas unidades são referência de atendimento a covid-19.
Ela afirma que a filha teve crise de sonambulismo apenas na infância, mas acredita que o novo episódio ocorreu com o cansaço do trabalho.
"Ela já teve uma crise (de sonambulismo) quando criança e teve convulsões até uns 12 anos de idade. Depois melhorou muito. Ela nunca mais teve. Só que lá em Cuiabá está muito cheio de casos de covid. Ela é coordenadora de UTI e é muita responsabilidade. Ela vinha nessa exaustão de trabalho. Não tem como culpar ninguém, aconteceu", diz.
Angélica relata que o acidente ocorreu por volta das 3h, depois de ela ter saído para um quiosque próximo ao Olinda Rio Hotel com uma amiga. Talyssa dormiu e, durante a crise, levantou até a janela que dá para uma área de serviço do hotel, onde ela caiu.
A consultora imobiliária conta que o hotel não teve responsabilidade pelo que ocorreu e deu assistência depois da queda da filha. Não foi feito boletim de ocorrência e o caso não é investigado pela polícia.
Talyssa precisou passar por duas cirurgias depois do acidente. Ela está em recuperação, mas ainda sem previsão de alta.
"Ela fraturou uma vértebra e rompeu dois ligamentos do tórax. Ela se encontra na UTI para recuperação. Ela está estável e ela com dreno no pulmão, em recuperação. Foram feitas duas cirurgias, no tórax e na coluna", afirma.
A fisioterapeuta ainda não tem condições de caminhar, mas a mãe espera que, com o tratamento, ela se recupere plenamente.
"O movimento da perna deve voltar com o tempo. Ela entrou andando no hospital. Ela foi perdendo as forças e teve muita dor. Agora só com muita fisioterapia. Hoje ela está com muito medo e dor", conta a mãe.
Talyssa tem cobertura de um plano de saúde somente no Mato Grosso e, por isso, precisa se deslocar até o estado para ter atendimento. Ela conseguiu que o plano cobrisse a internação, mas não foram incluídos os honorários médicos, que custam R$ 20 mil.
"Quando chegar em Mato Grosso, vou dar entrada para um pedido de reembolso parcial ou total, mas pode demorar. Estamos sem previsão de quando iremos embora", explica Angélica.
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