Pais são acusados de deixarem bebê em mercado para irem a bar em MS
Uma mulher de 34 anos procurou o Conselho Tutelar de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, para denunciar um caso de abandono de incapaz, que acabou indo parar na Polícia Civil. Segundo a denúncia, os pais do bebê, de apenas 1 ano, teriam deixado a criança sob seus cuidados por 19 dias, sem manter contato algum.
A denunciante, que não teve a identidade divulgada, afirmou ainda que depois do período de sumiço o pai reapareceu para buscar o filho, mas que ela se negou a devolvê-lo por conta dos repetidos casos de negligência. De acordo com ela, em uma das ocasiões, o casal abandonou o bebê em um mercado enquanto foram beber em um bar.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, registrado ontem pelos conselheiros tutelares responsáveis pelo caso, a mulher teve o primeiro contato com o bebê ao ir ao mercado e ver que a criança estava em um carrinho, na entrada do estabelecimento, com uma moradora de rua.
A mulher teria questionado sobre o fato e recebeu a informação de que os pais teriam deixado o filho ali e estavam em um bar bebendo.
Mesmo estranhando o caso, a testemunha seguiu as compras normalmente. Mas, algumas horas depois, ela teria pedido que a filha fosse até o local verificar se a criança ainda estava lá.
A jovem, uma adolescente, voltou para casa com o bebê nos braços e disse que a moradora de rua o deu a ela para que a criança pudesse tomar banho.
Ainda estranhando o caso, a mulher afirmou em depoimento que cuidou do bebê e, horas depois, o pai teria aparecido, mas não para buscar o filho.
A mulher afirmou que o homem pediu para que ela cuidasse da criança porque ele precisava fazer uma viagem, e sequer respondeu aos seus questionamentos, simplesmente indo embora.
Na versão da testemunha, o caso ocorreu em 21 de março, e o pai do bebê teria retornado ontem para pegar o filho de volta. Ela disse ter ficado revoltada com o comportamento, se negando a entregar a criança, afirmando que iria denunciá-lo.
A testemunha contou a história para os conselheiros tutelares do bairro, que decidiram levar o caso para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário). Agora, a investigação foi entregue a Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada), que abriu inquérito por abandono de incapaz.
Segundo o Conselho Tutelar, a criança ficou sob a guarda dos conselheiros e a Polícia já descobriu que o pai do bebê é foragido da Justiça por furto e roubo, além de ter envolvimento com drogas. Em depoimento, a testemunha afirmou não conhecer os pais da criança.
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