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PR: Idosa é ferida com maracujá congelado em ato contra STF; mulher é presa

Idosa é atingida por fruta congelada em Curitiba  - Arquivo Pessoal
Idosa é atingida por fruta congelada em Curitiba Imagem: Arquivo Pessoal

Abinoan Santiago

Colaboração para o UOL, em Florianópolis

12/04/2021 10h39

Uma psicóloga de 53 anos foi presa ontem em Curitiba por suspeita de tentativa de homicídio, após arremessar um maracujá congelado na cabeça de uma idosa de 73 anos, durante a Marcha da Família Cristã pela Liberdade.

O movimento repudiava a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que deu autonomia aos estados e municípios para vetarem templos religiosos durante as restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus.

Segundo a organização do evento, a suspeita arremessou a fruta por volta das 17h, da sacada de um apartamento no 13º andar, na Avenida Visconde de Guarapuava, no bairro Batel.

A idosa caiu ao chão, ficou desacordada e precisou ser encaminhada para atendimento médico no Hospital Evangélico Mackenzie. Ela recebeu pontos na cabeça, sendo liberada por volta das 22h após realização de exames.

"Ela tomou pontos na cabeça, recebeu alta e já está em casa. Todo mundo viu a mulher jogando as frutas, sendo que uma dessas acertou essa senhora. Era uma marcha tranquila e sem nenhum incidente. Uma mulher de 53 anos quase matar alguém mostra que vivemos o fim do mundo mesmo", contou Renato Gasparin, um dos coordenadores da marcha.

Maracujás congelados foram arremessados de apartamento em Curitiba - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Maracujás congelados foram arremessados de apartamento em Curitiba
Imagem: Arquivo Pessoal

A PM (Polícia Militar) chegou ao local e entrou no prédio para levar a mulher à delegacia. Um boletim de ocorrências foi registrado na Central de Flagrantes de Curitiba, depois encaminhado ao 5º Distrito Policial.

Procurada pelo UOL, a Polícia Civil informou que a mulher continua presa aguardando audiência de custódia. A corporação ainda não soube dizer se suspeita já constituiu defesa.

A organização da marcha acredita que a mulher tenha discordado da pauta do evento ou imaginado que seria um movimento político.

"A gente não pode levar bandeira do Brasil que o pessoal já pensa que é evento do [presidente Jair] Bolsonaro. A marcha ontem era pela família cristã. Acredito que essa mulher pensou que ficaria impune ou que ninguém a perceberia", comentou Gasparin.