Caso Vitória: delegado nega que suspeito preso em SP tenha confessado crime
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Maicol Antonio Sales dos Santos, suspeito da morte de Vitória Regina, que está preso em Cajamar (SP), não confessou o crime, afirmou o delegado Aldo Galiano, responsável pela investigação, à produção do UOL News, do Canal UOL.
"Ele pediu a presença da mãe para conversar com o delegado. Até agora [a confissão] é especulação. Confissão é muito séria para se divulgar. Só após assinar e ser analisado o conjunto. Por enquanto, nada", destacou Galiano.
Preso por suspeita de ter matado Vitoria Regina Souza, 17, Maicol seguia há meses a adolescente nas redes sociais, segundo reportagem do Fantástico, da TV Globo. A polícia considera que ele pode ter agido sozinho por ter criado uma obsessão pela jovem.
Maicol viu a publicação no Instagram de Vitória em que ela mostrava estar sozinha na rua indo para o ponto de ônibus. Ele sabia que o carro do pai de Vitória estava quebrado.
Suspeito tinha coleção de fotos de Vitória no celular. Além dela, o celular possuía imagens de meninas parecidas com Vitória. Após ser considerado suspeito, Maicol apagou as fotos do aparelho. Porém, a polícia conseguiu recuperar os arquivos com o auxílio de uma ferramenta.
A polícia também encontrou no celular de Maicol fotos de facas e de um revólver. Segundo o relatório, Maicol pode ter usado a arma para obrigar Vitória a entrar no carro dele sem gritar.
Suspeito não namorou Vitória e nem era amigo de investigados, diz advogado
O advogado que representa Gustavo Vinícius, um dos suspeitos, afirmou que o seu cliente era apenas "ficante" e não ex-namorado de Vitória. "Não houve uma relação de namoro", afirmou Edemm Shalon durante entrevista ao UOL News, do Canal UOL.
Se você perguntar para a família de Vitória se o pai ou a família sabiam que ela namorava Gustavo Vinícius, você vai ver a negativa. Eles se conheceram, sim, saíram duas vezes para esse contato, mas não mantiveram [relacionamento]. Edemm Shalon, advogado de Gustavo Vinícius
O advogado também negou relação de amizade de Gustavo com outros suspeitos do crime. "Pelo contrário, se você perguntar, ele sabia quem eram as pessoas? Sim, ele conhecia de vista, mas não mantinha uma amizade ou qualquer proximidade com essas pessoas. É a mesma coisa você saber quem mora ao lado da sua casa, mas você não ter qualquer contato com essa pessoa", argumentou.
Assista à entrevista:
Cativeiro de Vitória pode ter sido encontrado
Segundo a Polícia Civil de São Paulo, seria periciado o local para onde provavelmente a adolescente foi levada e mantida antes de ser morta. O resultado na perícia ainda não foi divulgado.
A informação de que Carlos Alberto Souza, pai de Vitória, estaria entre os suspeitos do assassinato, foi desmentida. "Não existe investigação contra o pai da vítima", disse o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), Luiz Carlos do Carmo, em coletiva.
A polícia investiga se houve abuso sexual contra a vítima e se sangue em carro apreendido era dela. Autoridades aguardam os resultados dos exames. O DNA é demorado "porque precisa ser feita uma descontaminação do material biológico", encontrado no carro de um dos suspeitos, explica do Carmo.
Os investigadores trabalham com a hipótese de que mais de uma pessoa participou do assassinato da adolescente. Para os investigadores, apenas uma pessoa seria incapaz de cometer o assassinato de Vitória. "Ali tem a participação e a coautoria de outros elementos [outras pessoas]", afirmou o diretor da PCSP, Luiz Carlos do Carmo em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.
Um dos suspeitos gravou trajeto feito por Vitória antes de desaparecer, diz polícia. As imagens foram encontradas no celular de Daniel Lucas Pereira, segundo Luiz Carlos do Carmo, diretor da Polícia Civil. "O celular dele está sendo encaminhado para perícia, mas já visualizamos que nele tem imagens gravadas no caminho entre o ponto de ônibus até a residência da vítima", afirmou ao Domingo Espetacular, da TV Record.
Relembre o caso
Vitória desapareceu no fim de fevereiro depois que saiu do trabalho, em um shopping de Cajamar, na Grande São Paulo. Naquela noite, a jovem pegou um ônibus e mandou mensagem para uma amiga. Depois, pegou outro ônibus e escreveu para a amiga novamente dizendo que estava com medo de estar sendo seguida. O corpo dela foi encontrado no dia 5 de março, com sinais de tortura.
Segundo o delegado Aldo Galiano, responsável pela investigação, Vitória também tentou conversar com Gustavo antes de desaparecer. Ela queria que ele fosse buscá-la no ponto de ônibus, mas ele não atendeu, pois estaria num encontro. O rapaz chegou a ser ouvido pela polícia, mas negou envolvimento no caso.
Outras duas pessoas são investigadas pela polícia. No sábado (8), a Justiça decretou a prisão temporária de Maicol Antonio Sales dos Santos, outro suspeito. Ele é proprietário do veículo Corolla, que teria sido visto na área onde Vitória desapareceu.
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4 comentários
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Mario Dionel da Silva
Excesso de exposição em redes sociais facilita a vida de criminosos. Tem gente que publica tudo o que faz o dia inteiro. Esse caso deveria servir de alerta às pessoas que se expõe muito.
Antonio Jorge Chiade Merjam
Até parece que record paga advogado da família para trazer notícias do caso para jornais da Record! Deixem a polícia civil trabalhar para não errar
Sergio Bragatte
Meu medo e que tenhamos um novo caso “Escola Base”.