Pai de Lázaro Sousa chama filho de 'monstro': 'Não quero ele solto, jamais'

Edenaldo Barbosa Magalhães, 57, pai de Lázaro Sousa, homem de 32 anos suspeito de matar quatro pessoas de uma mesma família no Distrito Federal na quarta-feira (9) passada, chamou o filho de monstro. Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, o aposentado disse que ficou chocado com a notícia da chacina de Ceilândia.

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"Esse monstro, eu registrei, mas quando as pessoas falam 'o seu filho', aquilo me estremece todo. Não dá vontade nem de ficar mais na Terra. Eu estou arrasado. Se eu vê-lo por aí, eu nem conheço mais", declarou ele.

O homem também afirmou que quer ver o filho na prisão.

Eu não quero ele solto, jamais. Porque estou com medo dele fazer mal a mim e a minha família. Olha só o que ele tá fazendo com todo mundo.

Edenaldo, que se aposentou por invalidez, contou que se casou com a mãe de Lázaro, Eva Maria Sousa, quando tinha 17 anos. O relacionamento foi conturbado e os dois se separaram quando Lázaro e seu irmão, Deusdete, eram crianças. Deusdete morreu há cinco anos e o pai diz que a última vez em que teve contato com Lázaro foi há seis anos.

Só me visitou e foi embora. Foi quando ele teve uma fuga aí. E eu com o coração na mão, doente. Só não morri ainda porque acho que Deus não quis. O demônio se apoderou dele.

O major Rio Branco, subchefe do centro de comunicação social da PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal) falou em entrevista ao UOL News sobre as buscas por Lázaro. Desde sábado, mais de 200 agentes do Distrito Federal e de Goiás participam da força-tarefa para capturar o homem.

O major destacou que entre as maiores dificuldades da operação está a grande familiaridade de Lázaro com a região, fazendo com que ele escape repetidamente dos "cercos" das forças de segurança.

Sousa respondeu processo por homicídio aos 20 anos

Lázaro Sousa nasceu em 1988. Em agosto, completará 33 anos. É natural de Barra do Mendes (BA), 530 quilômetros a oeste de Salvador. A cidade fica na região de Irecê. Quando tinha 20 anos, foi aberto um processo criminal na cidade natal dele por assassinato, crime pelo qual foi condenado.

Segundo o mandado de prisão em aberto, o ato ocorreu com o agravante legal de "traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido".

Em 2011, passou a responder a um processo criminal em Brasília. A 19ª Delegacia de Polícia, de Ceilândia, havia aberto um inquérito contra ele. Sousa foi condenado pela Justiça por estupro e roubo com emprego de arma de fogo. Segundo o mandado de prisão aberto, a punição foi agravada porque ele restringiu a liberdade da vítima.