Mulher é sequestrada e morta em estacionamento; suspeito, ex-marido foge
Andréia Martins
Do UOL, em São Paulo
18/06/2021 07h34Atualizada em 19/06/2021 09h54
Uma mulher de 33 anos foi sequestrada e assassinada na noite de ontem pelo ex-marido em um estacionamento na Avenida Aricanduva, na zona leste de São Paulo. O suspeito está foragido e chegou a enviar uma foto da vítima ferida aos familiares.
A recepcionista Paloma Oliveira estava em casa quando foi surpreendida pelo ex-companheiro, Edgar Napolitano. Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), ela foi levada por ele até o estacionamento de um supermercado a avenida onde foi morta a tiros. Paloma foi ferida no abdômen e morreu no local. O suspeito abandonou o carro, que já foi encontrado, e fugiu.
Segundo relatou uma das filhas da vítima, que estava em casa quando a mãe foi levada, o pai "chegou bastante alterado, com uma arma em punho, ameaçando todos e sequestrou a vítima colocando-a em um Honda Civic".
Paloma já tinha uma medida protetiva contra Edgar. O relacionamento acabou há um ano. Em 2019, ele ficou preso por dois meses por agredir a recepcionista.
Os familiares da vítima informaram ainda que após o crime, o homem enviou uma imagem da vítima baleada. A fotografia e o celular da recepcionista, contendo ameaças, foram apreendidos e encaminhados para perícia.
O depoimento do representante do supermercado e as imagens do estacionamento ajudaram a identificar Edgar. As imagens mostram a vítima fugindo do suspeito e sendo alvejada.
O caso foi registrado pelo 10º DP e encaminhado ao 31º DP, responsável pela área, que continuará as buscas pelo suspeito. A ocorrência foi registrada como feminicídio, ameaça, sequestro e cárcere privado e violência doméstica.
Como denunciar violência
Caso a vítima tenha sofrido violência sem ferimentos graves ela pode recorrer imediatamente a Delegacia da Mulher, se existir essa unidade em seu município, ou a delegacia de Polícia Civil, para registrar o boletim de ocorrência.
Quando houver ferimentos graves, com necessidade de pronto atendimento, a unidade de saúde ou hospital deverá fazer o encaminhamento ou orientar a paciente para que procure a delegacia de polícia. Na maioria dos casos com internamento, o próprio hospital confirma a violência e avisa a Polícia Civil.
Deve ser acionado em caso de flagrante ou em que a situação de violência esteja ocorrendo naquele momento.
Pode ser usado para denunciar anonimamente a violência. As informações serão conferidas pela polícia.
A Central de Atendimento à Mulher funciona 24 horas. A ligação é gratuita, anônima e disponível em todo o país.
Ministério Público
Acesse o site do Ministério Público do seu estado e saiba qual a melhor forma de fazer a denúncia. Alguns estados possuem, inclusive, núcleos de gênero especializados em atender mulheres vítimas de violência.