Promotoras deixam força-tarefa que investiga morte de Marielle
As promotoras que investigavam a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes deixaram a força-tarefa do MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro).
A informação sobre a saída de Simone Sibílio e Leticia Emile foi divulgada pelo jornal O Globo e confirmada pelo UOL.
As duas estavam à frente do caso desde setembro de 2018. A morte da parlamentar e do motorista ocorreu no dia 14 de março daquele ano.
Após a divulgação da saída das promotoras, Anielle Franco, irmã de Marielle, declarou sentir muito pela situação e que não tem "um dia de paz". As declarações foram feitas em uma postagem compartilhada no Twitter.
A gente não tem um dia de paz. Sinto muito pela saída das promotoras! Promotoras essas que eu depositava muita confiança e esperança para que elas ajudassem a resolver o caso da Mari e do Anderson! Agora eu quero saber que interferências são essas! Quem mandou matar minha irmã?!
Anielle Franco
As mudanças na condução do caso acontecem um mês após a viúva do miliciano e ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, Júlia Lotufo, ser autorizada a fazer uma delação premiada em troca de benefícios, como a suspensão temporária da pena de prisão. O pedido da delação foi apresentando pela Polícia Civil do Rio ao procurador-geral de Justiça.
O que diz o MPRJ
Em nota ao UOL, o MPRJ informou que as promotoras optaram voluntariamente por não atuarem mais na força-tarefa que investiga o caso Marielle Franco e Anderson Gomes.
A Procuradoria-Geral de Justiça do MPRJ reconhece o empenho e a dedicação das promotoras ao longo das investigações, que não serão prejudicadas
MPRJ em nota ao UOL
Segundo a nota, o MPRJ anunciará em breve os nomes dos substitutos das promotoras na força-tarefa.
Freixo cobra explicações de Castro, da polícia e do MPRJ
O amigo da vereadora Marielle Franco, deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), fez uma transmissão ao vivo no Facebook para comentar a repercussão do caso e cobrando explicações do governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, do MPRJ e da Polícia Civil.
Freixo disse que, ao assumir o cargo de governador, Castro ligou para ele para comunicar que as investigações sobre o caso Marielle teriam prosseguimento garantido.
Em contrapartida, com a saída tanto das promotoras dos cargos que ocupavam na força-tarefa quanto a do delegado Moisés Santana do caso, Freixo afirmou que o governador não entrou em contato com ele nem com a família de Marielle para justificar as mudanças.
Há muitos anos que a gente vem vendo o jogo do bicho e caça-níquel fazendo o que querem no Rio de Janeiro. Qual foi o grande crime solucionado pela polícia do Rio de Janeiro. Foi solucionado o caso por Moisés Santana. Mas, misteriosamente, esta semana, sem nenhuma explicação, Moisés Santana foi retirado da polícia
Marcelo Freixo (PSB-RJ), deputado federal
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