Após morte de Hello Kitty, quem são as criminosas mais procuradas do RJ
A traficante Hello Kitty, morta na última sexta-feira (16) durante operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, figurava entre as criminosas mais procuradas no Rio. Alvos da polícia, outras 21 mulheres tiveram cartazes com fotos divulgados pelo Portal dos Procurados, parceria entre a Secretaria de Segurança Pública do RJ e o Disque-Denúncia.
Entre elas estão, mãe e nora, conhecidas como Chefinha e Chefona, que integram o CV (Comando Vermelho), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e a Viúva Negra, 71, que está na lista vermelha da Interpol.
O portal oferece recompensas de R$ 1.000 por informações que levem aos paradeiros de algumas delas. Conheça a seguir as principais criminosas procuradas no RJ:
Viúva Negra
A mais velha das procuradas é Heloísa Borba Gonçalves, apelidada de Viúva Negra. Com 71 anos, a mulher é procurada em 188 países por vários crimes cometidos no Brasil. Ela é acusada por quatro homicídios e duas tentativas de homicídios.
Uma das denúncias envolve o ex-marido Jorge Ribeiro. Em 1992, ele teve as mãos amarradas, em uma sala comercial de propriedade dele em Copacabana, e foi morto a pauladas. A ex é acusada de mandar matá-lo, ajudar na execução do crime e facilitar a fuga do assassino. O crime teria sido motivado por dinheiro.
A Viúva Negra é também a principal suspeita da morte do ex-namorado Wargih Murad após ele descobrir os crimes cometidos por ela. Heloísa é acusada ainda de tentar matar o filho dele Eli Murad —baleado duas vezes na nuca após contratar um detetive para investigar a morte do pai. O detetive também teve a morte encomendada pela Viúva Negra.
Na ficha dela constam ainda tentativa de fraudar o INSS, casos de falsidade ideológica e associação para o tráfico ilícito de substância entorpecente.
Chefona e Chefinha
Amanda Oliveira, 28, conhecida como Chefinha, é ex-mulher de Charles Silva Batista, o Charles do Lixão, morto em ação policial em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ela e a mãe do criminoso, Richele da Silva Neres, 41, que atende pelo apelido de Chefona, são procuradas por integrarem o CV (Comando Vermelho) que domina a favela do Lixão.
De acordo com a polícia, Chefona atua como contadora da quadrilha e Chefinha é apontada como a responsável pelo manuseio do dinheiro da organização. Segundo a polícia, Chefinha andaria armada em bailes funks realizados pela quadrilha na comunidade.
Charlinho era apontado como sucessor do pai dele no comando da região. Segundo o Portal dos Procurados, ele era acusado, junto com outros suspeitos, de tentativa de homicídio contra PMs do Batalhão de Duque de Caxias em junho de 2017.
A ação terminou com a morte do menino Arthur, baleado no útero da mãe, Claudineia dos Santos Melo.
Jéssica do Caramujo
Jéssica de Souza Martins, conhecida como Jéssica do Caramujo, é ligada ao CV e estaria encarregada de auxiliar na administração de parte das finanças do tráfico no Complexo do Caramujo, em Niterói, cidade da região metropolitana do Rio.
De acordo com a Polícia Civil, Jéssica atua como "subsíndica" do tráfico na região e auxilia na arrecadação de taxas de moradores do Minha Casa Minha Vida do Morro do Céu. Ela e mais duas mulheres chegaram a arrecadar R$ 72 mil por mês em taxas para traficantes que atuam na região.
Madrinha da Cidade Alta
Luana Rosa de Araújo, a Madrinha da Cidade Alta, é apontada como chefe do tráfico que age no bairro de Imbariê em Duque de Caxias. O local é dominado pelo TCP.
Segundo a polícia, Luana foi a responsável por expulsar beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida na comunidade do Massapé e transformar os imóveis em pontos de venda de droga.
De acordo com as investigações, Luana é o braço direito do traficante Peixão de quem ganhou um fuzil cor-de-rosa.
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