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Mulher que atraía jacarés com berrante no Pantanal morre aos 68 anos

Eurides Fátima Macena de Barros, de 68 anos, era a Maria dos Jacarés - Reprodução/EPTV
Eurides Fátima Macena de Barros, de 68 anos, era a Maria dos Jacarés Imagem: Reprodução/EPTV

Aliny Gama

Colaboração para o UOL

02/08/2021 13h17

Figura símbolo do turismo no Pantanal sul-mato-grossense, a comerciante Eurides Fátima Macena de Barros, de 68 anos, conhecida como "Maria dos Jacarés", morreu no último sábado (31), depois de sofrer um acidente doméstico, no município de Miranda (MS).

A idosa era conhecida por assobiar e tocar um berrante chamando jacarés que vivem em uma área alagada por trás do restaurante dela, que fica às margens da BR-262 próximo ao trevo com a MS-325.

Segundo relato de familiares, Maria dos Jacarés levou uma queda da escada na casa do filho, na noite de sexta-feira (30), quando a família estava reunida para jantar. Depois da queda, ela ficou sentindo fortes dores e, no sábado (31), foi socorrida para o hospital regional de Aquidauana (MS), a 76 km de Miranda. Ela sofreu uma lesão grave no fígado, que causou uma hemorragia interna.

Maria dos Jacarés chegou a ser submetida a um procedimento cirúrgico, mas não resistiu após sofrer uma parada cardíaca. O enterro do corpo de Maria dos Jacarés ocorreu no domingo. Familiares dela disseram ao UOL que estão consternados com a morte dela e preferiram não conceder entrevista.

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Eurides Fátima Macena de Barros, de 68 anos, era a Maria dos Jacarés
Imagem: Reprodução/EPTV

Eurides Fátima abriu um pequeno comércio, que virou, ao longo de 40 anos, um simples restaurante às margens da BR-262. A parada de turistas no local não era só por alimento, mas para ver Maria dos Jacarés chamando os animais com assobios e tocando berrante.

A "intimidade" com os jacarés era tamanha que ela também chamava os bichos por nomes. Cada jacaré tinha um nome, como Brutus, os jogadores de futebol Taffarel e Ronaldinho, além do técnico Felipão — todos os nomes de acordo com a "personalidade".

Quando os jacarés iam saindo do alagado, ela dava restos de carne para eles se alimentarem. Apesar de serem animais selvagens, os jacarés nunca atacaram a comerciante. A lida da comerciante com os jacarés fez o restaurante simples se tornar ponto turístico em Mato Grosso do Sul.