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RJ: PM é morto em briga com guarda municipal no Dia dos Pais e deixa filha

Testemunhas relataram que Cristiano Loiola foi baleado pelo guarda depois de tentar apartar uma briga na Praça Santos Dumon - Reprodução/Facebook
Testemunhas relataram que Cristiano Loiola foi baleado pelo guarda depois de tentar apartar uma briga na Praça Santos Dumon Imagem: Reprodução/Facebook

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

09/08/2021 10h36Atualizada em 09/08/2021 12h57

Um policial militar foi morto na noite de ontem durante uma briga envolvendo um guarda municipal em Nilópolis, na Baixada Fluminense. Testemunhas relataram à PM que Cristiano Loiola, cabo de 39 anos, foi baleado pelo guarda depois de tentar apartar uma briga na Praça Santos Dumont, no Centro da cidade. Morto no Dia dos Pais, Loiola deixa uma filha de 15 anos.

Segundo a polícia, Marcos Aurélio da Costa Biasotto Ferreira sacou a arma e disparou contra o agente. Os dois estavam de folga. O PM morreu no local e o GM foi preso por outro PM que estava de folga. Ainda de acordo com a corporação, havia ao menos 12 marcas de tiros no local.

Imagens feitas por testemunhas mostram o guarda sendo imobilizado e outro homem, não identificado, com uma arma na mão - a reportagem optou por não publicar as imagens, por serem fortes.

Procurada, a Polícia Civil do Rio informou que o caso está sendo investigado pela DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense). "A perícia foi realizada no local e testemunhas estão sendo ouvidas. Diligências estão em andamento para esclarecer e concluir o caso", informou através de nota.

Dia dos Pais

Cristiano Loiola morreu horas após comemoração do Dia dos Pais. Antes, ele publicou um texto sobre a data: "Valorize seu pai, valorize sua mãe, sua família, seus amigos. Valorize os que estão ao seu lado. A vida não avisa quando vai acabar", escreveu.

O policial, que entrou na corporação em 2014, deixou uma filha de 15 anos. A PM informou através de nota que lamenta a morte do policial.

No momento dos disparos, outro homem acabou ferido. Alexandre Severino Martiniano, de 38 anos, foi levado para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, transferido do Hospital Juscelino Kubitscheck, em Nilópolis, com ferimento no pé direito provocado por arma de fogo.

"O paciente foi atendido pelas equipes de cirurgia geral e ortopedia e está em reavaliação. O estado de saúde é estável", informou a prefeitura.

Procurada, a Guarda Municipal do Rio lamentou a morte do policial militar e disse que o caso "está sendo acompanhado pela instituição junto às forças policiais". Segundo a nota enviada, a GM vai colaborar com as investigações e já abriu, em paralelo, processo disciplinar junto à Corregedoria.

De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, que monitora episódios de violência, somente neste ano, 120 agentes de segurança foram baleados no Rio e na Região Metropolitana. Cinquenta deles morreram. Do total de agentes baleados, 93 eram policiais militares. Trinta e cinco morreram.