Falsos policiais são presos após usar supostos mandados em extorsões, em MG
Três homens que se passavam por policiais do Denarc (Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico) foram presos em flagrante na noite de ontem pela Polícia Civil de Minas Gerais. Os suspeitos estariam utilizando ordens judiciais falsas com a suposta assinatura de uma juíza da Vara de Tóxicos de Belo Horizonte para enganar as pessoas que abordavam.
Uma vítima procurou a polícia e afirmou que os homens, de 32, 38 e 48 anos, cujas identidades não foram reveladas, foram até a casa dela com um mandado de busca e apreensão, além de relatório de investigação falsificados, identidades funcionais e distintivos falsos da Polícia Civil mineira.
"Os documentos apresentados eram semelhantes aos usados pela Polícia Civil e continham nomes de policiais de forma indevida", comunicou a assessoria da instituição.
Segundo a Polícia Civil, depois que os suspeitos furtaram o dinheiro da casa da vítima, eles tentaram fazer uma extorsão ameaçando-a com um falso mandado de prisão. Para não cumprirem a suposta ordem judicial, os três homens teriam exigido o valor de R$ 130 mil.
De acordo com o delegado Daniel Araújo, levantamentos apontam que os investigados já teriam cometido outros crimes de extorsão e furto, praticando a mesma abordagem. Foram identificadas, até o momento, três vítimas, mas a polícia acredita que existam mais em BH e no interior.
Os suspeitos só foram presos depois que a equipe do Denarc acompanhou a vítima até o local onde seria pago o valor acordado, realizando a prisão em flagrante. Também foram apreendidos um veículo, três identidades funcionais falsas, um distintivo da Polícia Civil de Minas Gerais, dois porta-documentos da Polícia Civil, uma arma de fogo falsa e R$ 10.500 em cédulas.
Histórico
Um dos investigados é ex-policial militar e foi expulso da corporação em 2001 após cometer uma série de crimes. Ele já tinha passagem pela polícia por tráfico de drogas, em 2007, quando foi preso pelo próprio Denarc, suspeito de armazenar drogas para "um conhecido traficante da capital".
O investigador Sauley Bruno conta que um segundo investigado já foi condenado a 24 anos de prisão por duplo homicídio cometidos contra a ex-companheira, que estava grávida, e o patrão dela. Os crimes ocorreram na cidade de Araçuaí, no norte de Minas Gerais. O terceiro investigado não possui passagens pela polícia.
O trio responderá por extorsão e furto qualificados, além de falsificação de documento público e uso de documento falso. As penas dos crimes passam de 30 anos de prisão. As investigações continuam para identificar possível envolvimento de outras pessoas no esquema e também para descobrir como eles tiveram acesso a informações para produzir os documentos apreendidos.
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