Mulher que pulou de carro em SP se revolta com polícia; suspeito foi solto
Uma mulher, gravada em vídeo pulando de um carro em movimento para se salvar da abordagem de um homem desconhecido, está revoltada com a ação da polícia sobre a abordagem criminosa que sofreu no último sábado (28). Ela foi jogada dentro do veículo quando tentava chegar ao trabalho, em Colina (SP), a 406 km de São Paulo, e sofreu escoriações pelo corpo na fuga. No entanto, o suspeito, identificado dias depois, foi indiciado apenas por constrangimento ilegal e lesão corporal e solto após ser ouvido.
A mãe de dois filhos, que pediu para manter a identidade sob sigilo, não consegue tocar no assunto sem chorar. E se diz indignada que o rapaz esteja solto, podendo atacar outras mulheres.
"Só conseguia pensar que aquele homem iria me estuprar e minha vida corria perigo. Por isso, assim que ele saiu com o carro eu já me joguei. Não passava pela minha cabeça que poderia ser perigoso e que eu poderia me machucar. Eu só pensava em fugir", relatou ao UOL, ainda bastante abalada com a situação.
Segundo a mulher, ela estava a poucos metros do local onde trabalha, conseguiu correr até a empresa e pediu ajuda. Ela, inicialmente, retornou para casa e não procurou a polícia. Um boletim de ocorrência só foi registrado na segunda-feira (30).
"É estranho, no primeiro momento minha ficha não caiu. Agora que já se passaram alguns dias, estou muito abalada, tendo crises de ansiedade e com muito medo", acrescenta.
A tipificação dos crimes tirou o sossego da vítima e de seus familiares, que alegam que a mulher sofreu uma tentativa de rapto e estupro, crimes não tipificados no boletim de ocorrência.
"Como ela ficou poucos segundo no carro, a polícia diz que não caracteriza sequestro e nem tentativa porque não sabemos o que aconteceria se ela não tivesse pulado do carro. É um absurdo", conta o marido da vítima, que também pediu para não ter o nome divulgado.
Em contato com a Polícia Civil, investigadores relataram que todos os procedimentos para investigar o caso estão sendo feitos e explicaram que a qualificação do boletim de ocorrência - constrangimento ilegal e lesão corporal - pode mudar no decorrer do inquérito policial.
A reportagem do UOL entrou em contato com a polícia civil, para tentar falar com o delegado Daniel do Prado Gonçalves, responsável pelo caso, para esclarecimentos sobre o caso, mas não obteve retorno até o momento.
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