Polícia identifica um dos suspeitos de sequestrar helicóptero no RJ
A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirma que já identificou um dos criminosos envolvidos no sequestro de um helicóptero na tarde de domingo (19) em Angra dos Reis (RJ). O piloto Adonis Lopes, que é policial civil e fazia um bico durante uma folga, relatou que rendido no ar por uma dupla armada com fuzis.
O UOL apurou que uso de exame de impressão digital permitiu aos agentes da Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) identificarem um dos envolvidos. As investigações apontam que ambos pertencem ao Comando Vermelho - maior facção criminosa do Rio de Janeiro. A corporação diz que não revelará o nome do suspeito para não atrapalhar as investigações.
Ontem, a Polícia Civil realizou uma perícia na aeronave e refez, junto com Adonis, o trajeto percorrido de Angra até o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste da capital fluminense, onde os criminosos queriam pousar para resgatar um preso durante o período de visita.
A Draco ainda não sabe quem é este detento, mas já concluiu que ele está Instituto Penal Vicente Piragibe, onde estão alguns dos chefes da facção.
A polícia também vai ouvir o piloto que levou a dupla para Angra. A viagem completa - ida e volta - foi fechada no valor de R$ 14,5 mil. A empresa aérea foi informada que os passageiros iriam passar o domingo em um hotel de luxo de Angra e voltariam na segunda, porém, na tarde de domingo (19) receberam a informação de que a viagem seria antecipada.
Como o piloto que fez o primeiro trajeto passou mal, Adonis Lopes foi chamado para o trabalho. Imagens de câmeras de segurança do condomínio em Angra dos Reis serão recolhidas para ajudar nas investigações.
Procurada pelo UOL, a Secretaria de Administração Penitenciária afirmou que irá aguardar "a evolução da investigação realizada pela Draco e que medidas internas foram adotadas, de imediato, para continuar garantindo a segurança do sistema prisional".
A pasta afirmou que não foi identificada "nenhuma movimentação atípica nas unidades prisionais do Complexo de Gericinó".
O objetivo de resgatar o prisioneiro foi frustrado pelo piloto da Polícia Civil, segundo relatou à polícia. Lopes diz que entrou em luta corporal com os sequestradores. Todo o trajeto durou cerca de 50 minutos.
Ontem, o piloto prestou depoimento por cerca de 5 horas na Draco. Ele disse que após a briga, um dos criminosos disse no celular: "Deu ruim aqui, o piloto aloprou e abortamos a missão". Em seguida a dupla ordenou que ele seguisse para Niterói, município da Região Metropolitana do Rio, e foi lá que os dois desceram da aeronave e fugiram por uma área de mata.
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