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Menino de 9 anos morre em piscina de escola; mal súbito é hipótese provável

Piscina da escola onde o menino foi socorrido tem aproximadamente 70 centímetros de altura - Reprodução/Redes Sociais
Piscina da escola onde o menino foi socorrido tem aproximadamente 70 centímetros de altura Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Maurício Businari

Colaboração para o UOL, em Santos

19/11/2021 14h20

Um menino de 9 anos morreu enquanto realizava atividades com os colegas em uma piscina da escola particular Luiz Junior, na área continental de São Vicente, litoral de São Paulo. A polícia trabalha com a hipótese dele ter sofrido um mal súbito antes de afundar e ser socorrido pela professora.

O caso ocorreu por volta das 15h30 de quarta-feira (17), no Colégio Luiz Júnior, que fica na Rua Antonio Riscale Husni, no bairro do Rio Branco, em São Vicente. Por volta desse horário, equipes da Polícia Militar foram informadas de que um menino havia se afogado no local.

Quando os agentes chegaram, segundo a polícia, receberam a informação de que a criança estava em uma piscina recreativa da unidade, brincando com outras crianças quando, inesperadamente, "mergulhou".

A piscina é rasa. Tem cerca de 70 centímetros de profundidade, o suficiente para que uma criança de 9 anos fique em pé, com boa parte do corpo para fora. Em média, uma criança com essa idade, do sexo masculino, tem 1,30 centímetros de altura.

Imagens das câmeras de monitoramento da escola, que estão sendo analisadas pela polícia, mostram o momento em que ele pula na água, brincando com os colegas da 5ª série do Ensino Fundamental, quando se aproxima da borda e, repentinamente, afunda.

A professora, vendo a cena, corre para resgatá-lo e ele é retirado da água ainda com vida, mexendo braços e pernas. A escola então acionou imediatamente o Corpo de Bombeiros e equipes do Resgate compareceram à unidade.

Os agentes prestaram os primeiros socorros no local, levando em seguida a criança ao CREI (Centro de Referência em Emergência e Internação de São Vicente. Ela não resistiu e morreu no hospital.

Na sequência, os policiais militares que haviam sido alertados sobre o incidente também compareceram à escola, conversaram com a professora e a diretora e notificaram a Polícia Civil, que também enviou agentes ao local.

O caso foi registrado no 3º Distrito Policial de São Vicente, sob a indicação de "morte suspeita". Uma testemunha informou aos investigadores que a mãe do menino havia comentado que ele, na semana passada, foi acometido por um desmaio, sem causa aparente.

Segundo o delegado que investiga o caso, Norberto Donizeti Bergamini, há a probabilidade dele ter desmaiado também na piscina, antes de afundar na água.

"Já instauramos o inquérito policial que irá analisar as circunstâncias da morte do menino", afirmou o delegado. "Aparentemente, a criança teve um mal súbito, mas essa confirmação dependerá dos resultados do laudo necroscópico".

Entre 5 e 7 segundos sob a água

Avaliando à primeira vista as imagens das câmeras de segurança da escola, Bergamini afirma que parece mesmo que a criança desmaia antes de afundar na água. "A ação da professora foi rápida, o menino ficou de 5 a 7 segundos na água", informa o delegado. Esse período de tempo é insuficiente para causar afogamento.

Todas as pessoas que estavam no local no momento do incidente foram ouvidas, inclusive as crianças e a professora. A polícia agora vai ouvir os pais e o dono da escola. Agentes estão providenciando também laudos do local e os exames necroscópicos necessários para a continuidade do inquérito.

O UOL tentou diversas vezes, hoje pela manhã, contato com a diretora do Colégio Luiz Júnior, Nice Maris, mas ninguém atendeu aos telefonemas. Em nota publicada nas redes sociais, a diretoria da unidade diz que lamenta profundamente o "triste ocorrido" com o aluno do Ensino Fundamental I.

"Os fatos estão sendo apurados e a escola está prestando todo apoio aos pais do aluno. Como é de conhecimento dos pais e responsáveis, a escola se cerca de cuidados com os alunos nos momentos de atividades pedagógicas e/ou recreativas. Aguardamos a conclusão das apurações dos fatos pelos órgãos competentes", conclui a direção da escola, na nota.