Nunes diz que PCdoB faz 'política' com cemitérios e que vai ligar para Dino
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, disse à coluna que o PCdoB está fazendo "uso político" da privatização dos cemitérios de São Paulo e que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino, "só pode ter sido levado a erro".
Dino determinou que a Prefeitura de São Paulo restabeleça a comercialização e a cobrança dos serviços funerários nos preços anteriores à privatização, aceitando parte de uma ação do PCdoB.
O partido contesta a concessão da gestão de cemitérios e crematórios em São Paulo à iniciativa privada e pede que a Prefeitura retome a concessão. O ministro deixou para a prefeitura decidir se reestatiza ou não o serviço.
Nunes afirma que ainda não foi notificado da decisão, mas que o contrato de concessão estabelece que os preços serão os mesmos praticados em 2019 dentro de cinco pacotes. Além disso, segundo o prefeito, existe um pacote social com desconto de 25%.
Ele afirma que fora desses pacotes é que os preços são livres. Nunes afirma que vai ligar para o ministro nesta segunda-feira (25) para esclarecer.
De acordo com o Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo), os pacotes para realização do funeral triplicaram após a concessão.
Antes da concessão, o valor total do pacote para enterro de uma pessoa ficava em R$ 428,04, na categoria "popular". Já na "padrão", o custo era de R$ 863, e R$ 1.507,32, na "luxo", segundo a pesquisa do Sindsep divulgada pela Agência Brasil.
Depois da privatização, os valores aumentaram para R$ 1.494,14; R$ 3.408,05; e R$ 5.737,25, respectivamente, conforme a pesquisa.
A Prefeitura de São Paulo contesta esses dados.
Antes ser indicado ministro do STF pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dino foi ministro da Justiça, senador da República e governador do Maranhão pelo PCdo B e PSB.
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