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GCM e professores entram em confronto durante greve em Feira de Santana

Cenas de violência marcam a greve dos professores de Feira de Santana - Reprodução/Twitter
Cenas de violência marcam a greve dos professores de Feira de Santana Imagem: Reprodução/Twitter

Caio Mello

Do UOL, em São Paulo

01/04/2022 18h39Atualizada em 01/04/2022 18h39

Imagens e vídeos postados nas redes sociais mostram policiais da Guarda Civil Municipal (GCM) de Feira de Santana, na Bahia, em confronto com professores da rede municipal. Em greve por tempo indeterminado desde ontem para reivindicar reajuste salarial, os docentes acusam o prefeito Colbert Martins (MDB) de mandar reprimir tentativas de negociações.

As denúncias de violência contra os professores começaram ontem, quando trabalhadores da categoria se dirigiram à Câmara dos Vereadores para tentar discutir a pauta. Segundo eles, além de não terem sido atendidos pelo prefeito, foram agredidos pelos agentes da GCM.

Uma professora foi levada a um hospital em uma ambulância do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) após ter sido atingida por gás de pimenta.

Hoje, um dos vídeos mais acessados nas redes sociais mostra o assessor do vereador de Feira de Santana Jhonatas Monteiro (PSOL) sendo agredido. Segundo a prefeitura, por meio de seu site oficial, ele teria dado uma cotovelada em policial.

Os professores ocupam áreas internas e externas da Câmara Municipal. Os que estão dentro recebem mantimentos daqueles que estão do lado de fora.

O UOL entrou em contato com a Guarda Civil, que nos enviou a seguinte nota:

"O Comando da Guarda Municipal de Feira de Santana, vem por meio deste comunicado, se posicionar sobre os fatos ocorridos no prédio da Prefeitura Municipal, os prepostos da GM agiram dentro da legalidade, e de forma defensiva, em conformidade ao princípio do poder legal, aplicando o uso progressivo da força, de acordo a lei *13.022/14*, visto que se tratava de uma situação conflituosa, com manifestantes invadindo um local restrito. O equipamento de menor potencial ofensivo foi utilizado de forma correta, para repelir a injusta agressão, infelizmente os colegas estavam em desvantagem numérica.

É possível ver em diversos vídeos o desrespeito moral, verbal e físico, por parte de alguns, sabemos que a maioria não compactua com esse tipo de violência, respeitamos todas as classes, principalmente a classe dos educadores, REPUDIAMOS toda e qualquer forma de violência; no entanto a GM honrou o compromisso de defesa ao patrimônio público municipal.

*Comando da Guarda Municipal"

A Prefeitura e o Sindicato dos Professores também foram contatados, mas não responderam até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado se houver manifestação das partes envolvidas.