Topo

Esse conteúdo é antigo

Jovem 'atacado' por barata reage a ataques homofóbicos na web: 'perplexo'

Após video viralizar, Bruno recebeu apoio de outros usuários em rede social por causa de ataques homofóbicos - @StrackeBruno/Twitter
Após video viralizar, Bruno recebeu apoio de outros usuários em rede social por causa de ataques homofóbicos Imagem: @StrackeBruno/Twitter

UOL, em São Paulo

14/04/2022 18h43Atualizada em 15/04/2022 17h56

Depois de virar sensação nas redes sociais após divulgar um vídeo em que é surpreendido em um bar de Porto Alegre por uma barata 'voadora', o desenvolvedor de software Bruno Stracke, 31, decidiu rebater ataques homofóbicos que está sofrendo desde que o vídeo foi visto milhões de vezes essa semana. Entre as críticas preconceituosas, está a ideia de que o comportamento do homem comprometeria a imagem dos homens de sua categoria profissional.

Nas imagens que fizeram sucesso, Bruno aparece agitando o braço e então se levanta da cadeira para se livrar do bicho. A amiga dele aponta para o inseto que ainda está na camisa do desenvolvedor — que, após alguns segundos, cai no chão e sai andando, enquanto o homem tenta se recuperar do susto.

Os comentários sobre o caso envolveram desde o comportamento do homem — que chegou a ser chamado de "gelatina" — até a questionamentos sobre sua profissão: "torrando filme da categoria". Por isso, Stracke decidiu rebater a questão justamente numa rede social voltada ao mercado de trabalho, o LinkedIn.

Print do ataque homofóbico  - Bruno Stracke/Linkedin - Bruno Stracke/Linkedin
Em um dos ataques homofóbicos, é dito que Bruno está "torrando filme" dos programadores
Imagem: Bruno Stracke/Linkedin

Por que eu estaria torrando o filme da categoria de programadores? Programadores não podem sair e tomar cerveja? Não podem ter aversão a baratas? Não podem ser gays?

Ele conta que fica espantado ao ver esse tipo de comentário nos dias atuais. "Eu vivo em uma bolha tão mente aberta e legal que quando me deparo com comentários homofóbicos eu fico verdadeiramente perplexo porque, convenhamos, homofobia é superultrapassado. Me parece algo rudimentar", disse, acrescentando que já é hora de "quebrar essa imagem do cara da TI".

Ser gay, ter uma reação 'afetada', ter vida social não me fazem menos programador, não me fazem menos competente.", falou. "E sim, eu me afirmo. Eu sou gay. Eu sou programador.

Usuários manifestaram apoio a Bruno

Apesar dos ataques, Bruno desabafou em uma rede social e recebeu apoio de outros usuários. "O meio de T.I. é super inclusivo e ao mesmo tempo extremamente preconceituoso. Isso causa mais nojo do que barata, e olha que eu tenho muito nojo de barata", respondeu uma usuária.

Outras pessoas entraram na onda e revelaram o medo de barata. "Uma vez eu tava sentado na calçada e uma barata voadora caiu em mim, eu saí arrancando a roupa no meio da avenida. Barata e voadora aí é covardia", disse um usuário.

Um homem, inclusive, revelou que é a esposa que mata as baratas. "Brunão, não vi seu vídeo, mas vi a imagem. Na hora pensei que poderia acontecer comigo, aqui em casa é minha esposa que mata as baratas!", falou.