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Policial investigado pela morte de manobrista é afastado da PM

O manobrista Luciano Vieira Ferreira, 27. - Redes sociais
O manobrista Luciano Vieira Ferreira, 27. Imagem: Redes sociais

Do UOL, em São Paulo

14/04/2022 12h19Atualizada em 14/04/2022 14h57

O policial militar Eder Diego Worn, investigado pela morte do manobrista Luciano Vieira Ferreira, 27, foi afastado temporariamente da corporação, segundo informou a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo). Eder desferiu dois tiros contra Luciano durante uma abordagem no dia 27 de março, na zona sul de São Paulo.

Em um vídeo gravado por pessoas no local, um policial é questionado sobre como justificariam a morte do rapaz e responde: "No boletim, será dado um jeito".

O caso é investigado em inquérito policial pelo DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa). O policial está afastado até o término das apurações.

O caso ocorreu no final de março e ganhou notoriedade nas redes sociais. O manobrista saiu de casa por volta das 7h com o amigo Claudio Henrique Lima de Paula, 27, para participar de uma atividade realizada no Rodoanel, onde alguns motoqueiros praticam o "grau" (manobra de empinar a moto e deixá-la com apenas uma roda no chão).

Segundo o boletim de ocorrência registrado no DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) de São Paulo, Worn disse que estava próximo à avenida Guido Caloi, na companhia de seu parceiro Jeorge Araújo Correia, quando um motorista informou que a poucos metros estava ocorrendo um roubo por homens em motocicleta.

No exato momento, três motocicletas passaram pela dupla de agentes. Com isso, os policiais começaram a perseguição. Worn informou que ficou para trás e perdeu de vista as duas motos e seu parceiro, tendo em vista somente a motocicleta modelo Honda XRE-300, onde estavam Ferreira e seu colega. De acordo com o agente, o manobrista foi resistente à prisão e tinha porte ilegal de armas.

No entanto, pessoas próximas à família negam que ele tivesse qualquer posse ou porte de armas. Um dos moradores da região em que aconteceu a abordagem, que preferiu não se identificar, afirmou anteriormente ao UOL que enquanto registrava os policiais ao redor do corpo de Ferreira, um dos agentes de segurança também começou a gravar os moradores e tirar fotos das pessoas que acompanhavam a ação.

O UOL busca contato com a defesa de Worn e atualizará a reportagem caso haja um posicionamento.