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Físico de Sorocaba registra duas explosões de meteoro; assista

Do UOL, em São Paulo*

23/04/2022 14h11

A imagem de um meteoro explodindo duas vezes foi registrada no céu de Sorocaba, no interior de São Paulo, às 19h17 de quarta-feira (20). A explosão causou uma luz intensa.

O registro foi feito pelo físico Marco Centurion, que faz trabalho voluntário de pesquisa e monitoramento de meteoros pela rede Bramon (Brasileira de Monitoramento de Meteoros), e mantém uma estação de observação em sua casa.

Em um post no Instagram, Centurion disse que as análises sobre a trajetória e os demais dados do meteoro estão sendo feitos pela Bramon.

O físico acredita que a dupla explosão se deu porque o meteorito tinha massa mais densa ou por ser um corpo celeste maior do que o normal.

"O tamanho médio de um meteoro equivale ao de uma moeda de 1 centavo. Quando ele entra na atmosfera, se choca com a camada de gases da atmosfera e aquece até explodir, virando poeira. Nesse caso, provavelmente, a primeira camada explodiu e ainda restou massa, que também incandesceu e gerou a segunda explosão", explicou.

Os voluntários da Bramon estão espalhados por todo o Brasil e mantêm câmeras e telescópios apontados para o céu e ligados todas as noites. Após o registro, o operador faz a análise e compartilha as imagens capturadas.

Quase nada escapa a esses 'olhares' curiosos para o céu. No dia 3 de abril desde ano, um pequeno asteroide explodiu sobre o Estado do Amazonas, formando uma grande bola de fogo na região central do Estado. Fragmentos desse meteorito podem ter chegado ao solo.

A primeira das mais famosas chuvas de meteoros do ano, a Líridas, está ativa desde o dia 14 de abril. Mas foi na noite de ontem (22) que ela alcançou seu pico. Ou seja, quando mais rastros luminosos do fenômeno (conhecido popularmente como estrelas cadentes) puderam ser vistos cruzando os céus.

Apesar de ser mais intensa no Hemisfério Norte, onde podem ocorrer até 20 meteoros por hora, a Líridas também é visível do Brasil. Por aqui, este número ficouentre 10 e 15 —quanto mais ao Norte do país, mais chances de conseguir observar.

* Com informações de Estadão Conteúdo