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'Chá do amor': estimulante sexual é alvo de apreensão pela Anvisa

Estimulante sexual é vendido como "chá do amor" - Reprodução
Estimulante sexual é vendido como 'chá do amor' Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

03/05/2022 18h29Atualizada em 04/05/2022 19h00

Um estimulante sexual conhecido como "chá do amor" virou alvo de apreensão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) após apresentar irregularidades na comercialização. O produto, fabricado pela empresa Kannjin, além de não apresentar registro nos órgãos competentes, ainda possui rotulagem que possibilita interpretação falsa, conforme pontuou resolução publicada pela Anvisa.

A empresa diz que está há mais de 15 anos fornecendo "produtos naturais de extrema qualidade" e promete um "tratamento natural" contra a disfunção erétil. Na composição, segundo o site, há extrato concentrado de Maca Peruana e Maná-Cubiú, guaraná em pó, gengibre em pó, canela em pó e zinco. A empresa ainda informa que é um suplemento alimentar registrado na Anvisa RDC número 240 de 26/07/2018, uma resolução da agência que tira a obrigatoriedade de registro sanitário de suplementos alimentares contendo enzimas ou probióticos.

Procurada pelo UOL, a Anvisa, informa que o extrato de maná-cubiú, a maca peruana e o gengibre em pó não são autorizados em suplementos e que fitoterápicos devem, obrigatoriamente, ter registro. "Ainda, foi identificado que no referido produto existe a presença de substâncias sintéticas, que causam risco à saúde da população e não podem ser usadas em suplementos alimentares, e esse foi o principal motivo da apreensão", conclui.

A reportagem tentou contato com a Kannjin, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto caso os representantes queiram se pronunciar.

Chás em cápsulas na mira

Além do "chá do amor", a Anvisa ainda anunciou a apreensão de produtos comercializados pelo Laboratório Yanten. Segundo a resolução, a empresa é responsável pela produção e comercialização reincidentes "de medicamentos irregulares na forma de tintura, xarope e planta seca rasurada/moída". Os produtos, segundo a Anvisa, não estão regulamentados pela agência.

Em nota o órgão disse ainda que todos os fitoterápicos produzidos pelo laboratório em 2022, utilizando uma série de ervas publicizada pela empresa, eram desprovidos de registro.

Há produtos produzidos pelo Laboratório Yanten com restrição ou proibição de venda desde 2018, alguns sendo considerados clandestinos.

O UOL também entrou em contato com o laboratório e aguarda posicionamento.