Homem com facão tenta roubar mulheres em lanchonete da Vila Mariana, em SP
Um homem ainda não identificado invadiu uma lanchonete no bairro da Vila Mariana, em São Paulo, e ameaçou a proprietária, Andrea Costa, 50, e uma cliente que tomava café da manhã, com um facão. Em um vídeo captado pelas câmeras de segurança do estabelecimento, é possível acompanhar a investida do criminoso, que usava máscara e um blusão escuro listrado, com capuz. Apesar do susto, ninguém se feriu.
A tentativa de assalto ocorreu por volta das 10 horas da manhã de sábado (30). Andrea estava no caixa, conversando com a cliente, que comia no balcão, quando o suspeito entrou no estabelecimento. A comerciante pensou que ele fosse um pedinte e já se preparava para pedir que se retirasse quando ele puxou um facão de dentro do blusão.
"Ele falou para ficarmos quietas, que aquilo era um assalto. Quando vi o facão, entrei em pânico, não sabia o que fazer", contou a comerciante ao UOL. "Minha cliente se assustou e correu para os fundos da loja e ele seguiu na direção dela, balançando o facão. Foi quando corri até a rua e comecei a gritar por socorro".
Nas imagens do vídeo, é possível ver o momento em que a cliente da lanchonete, assustada, corre para os fundos da lanchonete e acaba cercada. Ela então arremessa o celular no rosto do ladrão. Vendo que Andrea já estava na rua gritando por socorro, ele desiste de continuar perseguindo a cliente, caminha até a porta, guarda o falcão dentro do blusão e sai caminhando normalmente, pela rua, até desaparecer.
Foram 20 segundos de horror, que, para mim, pareciam não ter fim", declarou a comerciante. "A gente se sente impotente. Por mais que eu gritasse por socorro, ninguém correu para nos ajudar. Tinha várias pessoas na rua, mas elas só assistiam de longe o que acontecia. Estão todos com medo, não julgo. Estamos reféns nas mãos desses bandidos. Mas alguém acabou chamando a polícia, que apareceu logo depois.
Andrea Costa, comerciante
Assim que a Polícia Militar chegou, Andrea registrou a ocorrência e os agentes percorreram as ruas do bairro em busca do suspeito. A operação durou algumas horas, mas os policiais não conseguiram localizar o homem. Andrea decidiu fechar a loja durante o resto do sábado e no domingo só ergueu as portas quando se certificou que havia bastante movimento na rua.
"A gente fica com muito medo, sabe? Eu moro nesse bairro desde que nasci, nunca vi ou ouvi falar de algo que envolvesse uma violência dessas. Um facão? Se eu e minha cliente estamos vivas e inteiras, sem ferimentos, foi porque ele deve ter se assustado com a reação dela, de arremessar o celular nele, e com a minha, de correr gritando por socorro. As cenas ficam agora voltando na minha mente, como num filme que se repete".
Reconhecido por outros comerciantes
Assim que o vídeo do incidente começou a circular pelos grupos online de segurança do bairro, que incluem membros da comunidade (comerciantes, síndicos de edifícios e moradores de residências), o suspeito do incidente da lanchonete foi reconhecido por outros comerciantes. O homem já estava circulando pelos estabelecimentos do bairro há algum tempo.
"Recebemos várias mensagens de comerciantes dizendo que já haviam visto esse homem nas lojas deles. Em um pet shop daqui do bairro, ele pediu para usar o banheiro, mas foi impedido e acabou fugindo de maneira estranha", contou a empresária Priscila Tapia, 36. Ela é coordenadora de grupos formados no Facebook e no WhatsApp para discutir a segurança da Vila Mariana.
"No vídeo que a Andrea forneceu, não dá para ver direito o rosto dele. Mas conseguimos imagens de câmeras de segurança de edifícios daqui do bairro em que o rosto aparece um pouco mais. O homem é moreno, estatura mediana, é calvo e aparenta ter cerca de 50 anos", conta a empresária, que diz ainda que a situação no bairro está se tornando insustentável. "Em março, somente em uma semana, na rua da Escola Superior de Propaganda e Marketing, foram registrados 20 furtos e um sequestro de Pix, como eles chamam".
Priscila diz que representantes dos grupos se reuniram este mês com o comando da Polícia Militar para pedir providências, mas conta que a corporação diz que não tem efetivo suficiente para cuidar de todas as ocorrências. "Eles contam com seis viaturas e duas motos para o bairro todo. E alegam que a criminalidade não aumentou, mas não é o que estamos vendo acontecer".
O UOL entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo e também com a Polícia Militar, para obter mais informações, mas até o momento não obteve resposta.
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