Motoristas que mataram jovens em racha não depõem; 'abalados', diz defesa
Pedro Paulo Couto
Colaboração para o UOL, de Goiânia
10/05/2022 22h18Atualizada em 10/05/2022 22h18
Os motoristas que participaram de um racha, que terminou na morte de duas pessoas, não compareceram à Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito, em Goiânia, na tarde de hoje para prestar depoimento. Segundo a defesa deles, os condutores ficaram "abalados" com a confirmação, durante a manhã, da morte cerebral de Wictor Fonseca Rodrigues, de 20 anos, segunda vítima do acidente.
"Com a morte do Wictor, eles (motoristas) perderam a condição de prestar o depoimento hoje", disse o advogado Felipe Assunção. Segundo a Polícia Civil, os condutores devem ser ouvidos na delegacia na próxima quinta-feira.
Eduardo Henrique, de 22 anos, dirigia a Toyota Hilux, na qual estavam Wictor Fonseca e Marcella Sônia Gomes do Amaral, de 15 anos — esta última morreu no local da batida. Ambos foram arremessados para fora do veículo.
A caminhonete bateu em uma árvore do canteiro central e capotou várias vezes antes de acertar dois estabelecimentos comerciais e parar do outro lado da avenida. O motorista chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado à unidade de saúde, mas fugiu do local antes mesmo de ser examinado.
O motorista da BMW era Arthur Yuri, que fugiu do local após o acidente, segundo a Polícia Civil. Ele tem 18 anos, mas não possui CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
"Eles podem ser indiciados por racha com resultado morte, lesão corporal e embriaguez ao volante", destacou o delegado Thiago Damasceno, responsável pelas investigações. Os motoristas se conhecem e estavam com as vítimas em uma boate antes da disputa automobilística.