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Jovem que estava em racha com carros de luxo tem morte cerebral declarada

Além de garota de 15 anos, racha resultou também na morte do estudante Wictor Fonseca Rodrigues, de 20 anos - Reprodução/Facebook
Além de garota de 15 anos, racha resultou também na morte do estudante Wictor Fonseca Rodrigues, de 20 anos Imagem: Reprodução/Facebook

Pedro Paulo Couto

Colaboração para o UOL, em Goiânia

10/05/2022 11h39Atualizada em 10/05/2022 19h06

O estudante de Agronomia Wictor Fonseca Rodrigues, 20, teve morte cerebral confirmada na manhã de hoje, após participar de um racha em Goiânia (GO). A disputa ilegal aconteceu no sábado (7), entre uma Toyota Hilux e uma BMW.

A caminhonete bateu em uma árvore do canteiro central e capotou várias vezes. A adolescente Marcella Sônia Gomes do Amaral, 15, morreu no local da batida.

Wictor estava internado em estado grave no Hospital de Urgências de Goiânia, que confirmou a morte cerebral após a realização de exames. Ele e Marcella eram passageiros da Hilux, que estava ocupada por seis pessoas. O grupo estava em uma boate e saiu por volta das 5h, quando houve o racha com a BMW.

Motorista sem habilitação

Ao UOL, o delegado Thiago Damasceno, da Delegacia de Crimes de Trânsito, confirmou que Arthur Yuri, de 18 anos, que dirigia a BMW no momento do racha, não tem CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Imagens de câmeras de segurança mostram o veículo em alta velocidade pela via, juntamente com a caminhonete.

"O carro está no nome da mãe dele, e ela será ouvida para esclarecer o fato. Ela tem responsabilidade, mas fica difícil também provar que a mãe entregou o carro para o filho inabilitado", disse o delegado.

A BMW foi apreendida e passou por perícia. Segundo o delegado, os agentes também trabalham para conseguir através das imagens e dos danos nos veículos obter a velocidade dos carros durante o racha.

Motoristas devem se apresentar

Os dois motoristas devem ser ouvidos na tarde de hoje na delegacia. Arthur não ficou no lugar do acidente e o condutor da caminhonete fugiu da unidade de saúde mesmo antes de ser examinado. "Eles podem ser indiciados por racha com resultado morte, por lesão corporal e também por embriaguez ao volante", destacou Thiago Damasceno.

O delegado não descartou um pedido de prisão, mas disse que no momento isso não deve ocorrer já que os motoristas devem se apresentar de forma espontânea.