Caso Henry: Justiça nega pedido de Jairinho para suspender interrogatório
A Justiça do Rio de Janeiro negou pedido da defesa do ex-vereador Dr. Jairinho para suspender a realização de interrogatório no processo sobre a morte do menino Henry Borel. A audiência está marcada para amanhã após ter sido adiada pela juíza Elizabeth Louro, titular da 2ª Vara Criminal do Rio.
A decisão de suspender o pedido dos advogados de Jairinho é do desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal. O médico é réu junto com a namorada, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, por torturas e morte de Henry.
Ao protocolar o recurso, a defesa de Jairinho afirmou que houve cerceamento de defesa na decisão Louro que negou que os responsáveis pelo atendimento de Henry no Hospital Barra D'Or prestassem novos depoimentos. Na ocasião, a magistrada também negou oitivas dos médicos Antônio Mendes Birasoli Júnior e Gabriela Graça, e mais dois técnicos de necropsia.
"Ficou demonstrado, durante depoimento dos peritos, diversos erros e omissões no laudo de necropsia do menino Henry. O desembargador negou liminarmente o pedido, que agora será apreciado pelos demais magistrados da 7 turma do TJ", disse o advogado Cláudio Dalledone, que defende Jairinho.
No despacho que negou o pedido da defesa do ex-vereador, porém, Almeida Neto afirma que "se assegurar plenitude de defesa não pode levar ao absurdo de eternizar o processo, escavucando o nada a cada vez que o processo chega próximo ao seu desate, pedindo a produção de novas provas".
O desembargador também argumentou que as três médicas e o radiologista já haviam prestado depoimento e que as demais testemunhas não foram requisitadas no momento adequado.
Com a derrota, a defesa do ex-vereador afirmou que "ingressou com um pedido no STJ [Superior Tribunal de Justiça] de suspensão da audiência por entender ser fundamental a oitiva dos médicos e do radiologista para comprovar e esclarecer as causas da morte de Henry Borel".
Relembre o caso
Os laudos periciais apontam 23 lesões no corpo do menino, e que Henry morreu em decorrência de hemorragia interna e laceração no fígado causada por ação contundente.
O casal foi preso em 8 de abril de 2021. Em 6 de maio do ano passado, o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) denunciou Jairinho por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunha. Já Monique foi denunciada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado na forma omissiva, tortura omissiva, falsidade ideológica e coação de testemunha.
"O crime de homicídio foi cometido por motivo torpe, eis que o denunciado decidiu ceifar a vida da vítima em virtude de acreditar que a criança atrapalhava a relação dele com a mãe de Henry", afirmou o promotor de Justiça Marcos Kac, no texto da denúncia.
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